Eu me importo um pouco com você

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Lucca havia voltado ao seu ritmo de treino físico, se dedicando ao futebol e, ao mesmo tempo se esforçando para manter o corpo saudável, forte, bom o suficiente para aguentar fortes treinos do jogo, Theo conversava com ele sobre ir passar um final de semana com ele no Brasil para um tempo treinando com os jogadores brasileiros que ao ver dele, são alguns dos melhores do mundo. Em meio a isso, nessa terça-feira de janeiro, a última terça de janeiro, ele só pensava em uma coisa, estavam mirando Ammy para ser a nova aposta dos rapazes.

Não podia deixar isso acontecer, não se perdoaria nunca se isso acontecesse, ele não gosta muito dela e isso é verdade, aprendeu a suporta-la nessas últimas três semanas, mas, ninguém deve passar pelo que querem fazer com ela e ninguém merece isso. Chegou em casa ao final do treino perto das cinco horas da tarde, os gêmeos menores ainda não estavam em casa e imaginou estarem na aula de idiomas, Lili sentada à mesa com Coisa um e Coisa dois, Ammy não estava na sala, cumprimentou a todos e subiu as escadas a procura da mais velha.

— Ammy? — Chamou a loira, sentada na poltrona com Dam deitado em seu colo, dormindo.

— Oi, Lucca, o que queria falar? — Perguntou em voz baixa, balançando devagar a poltrona.

— An, a conversa vai ser muito estranha — Murmurou sem jeito, se aproximando dela e sentando no banco.

— Quase todas as nossas conversas são estranhas.

— Essa festa, a festa de sexta, eu também fui chamado — Começou pela parte fácil.

— Eu imaginei, o principal do time de futebol não ficaria de fora em uma festa — Ammy revirou os olhos.

— Entretanto, lembra do caso da Anne Monroe? — Ela concordou em silêncio — É, todo ano eles tentam recriar esse caso.

— Nossa, que horrível, um bando de filhos da puta — Xingou irritada — Sério, como alguém consegue concordar com isso?

— Então, eu não concordo, ano passado denunciei anonimamente os envolvidos e eles foram suspensos, mas, esse ano estão tentando recriar.

— E quem é a vítima dessa vez? — Ela perguntou curiosa.

Não conseguiu dizer, os olhos claros do bronzeado fraquejaram desviando o olhar dela, não conseguiu segurar os olhos nos olhos verdes e essa foi a deixa que Ammy precisou para entender.

— Sou eu — Sussurrou, Lucca voltou a encara-la e a viu rindo fraco — Eu devia ter suspeitado, Artchie não me convidaria para uma festa atoa, não mesmo, eu sou uma idiota!

— Não diz isso, ele só, só são completamente idiotas, pessoas como eles merecem o inferno, inferno é pouco — Lucca tentou a animar.

— Não, não fala assim — Negou respirando fundo, se levantou e colocou Damian na cama, o aconchegando bem — Para você é fácil, você é o popular, as mulheres imploram para ficar com você e eu, só sou a menina estranha e briguenta da escola.

— Você não é estranha, você...

— Não vem com essa, eu já escutei varias vezes você e seus amigos me chamando de estranha, não tente forçar simpatia para o meu lado! — Ammy pediu irritada, saindo do quarto de Damian e Lucca a seguiu — Pensa que eu não sei o que falam sobre mim? O quanto vocês me zombam? Acha que nunca ouvi nada disso?

— Não sei o que dizer... — Lucca ficou sem jeito.

— Mas eu sei, agradeço sua tentativa de ser o bom moço da história, mas, eu sei me cuidar sozinha, não preciso de você para ficar me dizendo ou alertando de nada! — O empurrou para longe querendo que parasse de a seguir.

Ok, essa é a minha famíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora