Ok, essa é a minha família

Hoje foi o dia

O segundo tempo foi finalizado com um jogador do time de Lucca caído no chão, ele precisou sair carregado e a mãe do rapaz correu para saber se seu filho.

- Segundo tempo, Lucca está dando o que falar- Theo disse quando foi avisado a pausa.

- Eu vou ir falar com ele - Louis estava decidido a ir, mas, Harry o segurou.

- Agora é o momento dele descansar e esfriar a cabeça, deixa ele respirar, o time já deve estar em peso em cima dele - Tentou o convencer a ficar.

- Harry tem razão, vestiário no intervalo é uma zona de guerra, Lucca pode acabar falando alguma besteira se tiver irritado - Theo concordou com ele.

- Tem razão - Aceitou ficar, porém, o olhar preocupado e aflito não saia de seu rosto - Mas se o menino precisar de ajuda? Se Lucca acabou se machucando?

- Lucca saiu andando perfeitamente bem do campo, mas, você ficaria mais calmo se eu fosse lá? - Harry se ofereceu - Sou cárdio, posso facilmente só ter ido para saber do menino porquê ele foi atingindo nas costelas e assim pergunto de Lucca.

- Eu sei da anatomia básica, viu - Louis rebateu incomodado.

- Eu sei, mas, pensou na pressão que pode fazer a ele se for lá? - Perguntou tentando não ser direto - Quero dizer, ele já deve estar nervoso com o olheiro, último jogo da temporada, todos nós aqui e agora o amigo machucado.

- Lucca faz de tudo para impressiona-lo, tio, ele pode ficar mais nervoso se o senhor for - Theo continuou a ajudar Harry.

- Vai você - Passou a bola para o cacheado - Qualquer coisa, me liga, vou estar com o celular na mão.

- Pode deixar.

Por sorte, Mary apareceu o perguntando sobre coisas do jogo e essa foi a distração perfeita para Louis, Nath acabou indo para cima falando junto da irmã e misturado com ela, os dois eufóricos ao ponto de suas falas serem quase incompreensíveis. Harry desceu as arquibancadas seguindo para entrar no vestiário, mas, na entrada foi barrado por um dos seguranças, retirou a carteira do bolso mostrando-lhe seu cartão de atendimento médico dizendo que poderia ser útil e com isso conseguiu sua passagem, entrou no vestiário encontrando o rapaz deitado na maca recebendo atendimento dos enfermeiros da escola.

- Harry! - Lucca gritou ao vê-lo - Ele é cardiologista, cardiotorácico, cirurgião, ele pode ajudar - Se confundiu nervoso, não estava prestando atenção.

- Acho que a costela dele quebrou - A enfermeira falou.

- Me passa o estetoscópio e quero todo mundo em silêncio, podem chamar a ambulância - Pediu se aproximando do rapaz - Qual seu nome, garoto?

- Richard, Rick, o nome dele é Rick - A mulher, mãe dele, falou - Ambulância?

- Senhora, deixa ele me responder, por favor - Harry pediu educadamente - Vou apertar e você me diz onde dói.

Apalpou com cuidado as costelas dele, contando mentalmente e ao chegar na 12° ele grunhiu, isso se repetiu na 13° e 14°, colocou o estetoscópio nos ouvidos querendo saber sua escuta pulmonar.

- Vão com ele para o hospital, ele fraturou três costelas e elas perfuraram o pulmão, um milagre ele ainda estar respirando - Disse apreensivo, olhando ao redor querendo saber o que poderia fazer para ajudá-lo caso começasse a sufocar.

- Nós não temos dinheiro para tratamentos muito caros ou hospitais caros, eu, eu preciso falar com o meu marido - A mulher começou a chorar em desespero.

- Vamos levar ele para enfermaria, não é o melhor local, mas, é mais limpo para uma toracotomia - Harry mandou arrumando a maca - Lucas, pega meu celular no meu bolso, liga para o contato salvo como Tom, avisa ele que um adolescente com três costelas quebradas e um dreno de emergência irá chegar no hospital, diz que pode colocar todo o atendimento como pró-bono - Passou as ordens carregando ele na maca com o auxílio das enfermeiras.