De frente com o juíz

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Harry fez os exames de Oliver, mandou tudo para o laboratório dizendo ser com urgência, depois se sentou e conversou com ele, sobre sexualidade, as coisas estranhas que se passa na cabeça em momentos como esse, muitas vezes vergonha, o medo de tudo e todos, rejeição, julgamento e ele estava certo em temer, o mundo é cruel com pessoas que não se encaixam nos padrões dele, ele mata pessoas que são diferentes. Seja a diferença na religião, cor de pele, sexualidade, em qualquer coisa que não se encaixe no comum para eles.

Oliver chorou, chorou muito, precisou ser amparado, sua crise de choro foi tão forte que ele passou mal, Lucca e Harry começaram a pensar que os pais dele eram extremistas religiosos porquê não tinha outra explicação para o medo dele.

— Vamos chamar seus pais aqui, você vai contar-lhes e caso eles não gostem, pode ficar comigo o tempo que quiser — Harry ofereceu a Oliver, sentado do lado da cama dele.

— Não, senhor Styles, por favor, não conta para eles — Implorou querendo se levantar, mas, Lucca não deixou.

— Confia em mim, você não está sozinho, eu sei como é isso, eu passei por isso era um pouco mais novo que você — Harry mentiu um pouco para ajuda-lo.

— Olha só para Harry, meu pai, os pais de Samia, são gays e conseguiram se reerguer — Lucca os usou como exemplo.

— Essa não é uma porcentagem muito grande — Oliver rebateu ainda não querendo ligar.

— Ainda assim, você não está sozinho e tem uma casa para ficar se eles te deixarem, se eles não sabem amar você devido à sua sexualidade, eles não merecem você! Não fique com medo deles o deixar só porquê são seus pais, ninguém merece viver na forma de outra pessoa! — Harry dizia segurando forte a mão dele.

A ligação acabou ocorrendo, os pais de Oliver chegaram muito rápido, Harry explicou resumidamente o que aconteceu com ele e deixou a parte principal para que o rapaz contasse, a reação deles foi comum, disseram que já sabiam há muito tempo sobre isso e estavam esperando ele se revelar. O medo de Oliver não era irracional, o tio dele, irmão mais novo do pai, foi espancado até a morte por ser gay, Oliver viu toda a cena preso no carro não tendo como ajudar, ele tinha cinco anos na época.

O resultado dos exames: Negativo.

Em meio ao pânico, Oliver esqueceu de mencionar que o único contato que eles tinham sem proteção era por beijo, um meio de infectar, mas, diminuí a exposição.

Era uma manhã de quarta-feira, a esse ponto estavam no meio de abril, a próxima semana já seria a última semana de abriu iniciando o mês de maio antes do final da semana, Louis, Harry, Lili, Ammy, Liam, Niall e Lucca se encontravam no tribunal, seria o dia de Lucca e Louis darem seus depoimentos. O julgamento e colhimento de depoimentos foi adiado o máximo possível, parece que o juiz estava com a mesma vontade de Harry de ir em frente com esse processo, nenhuma, todos ainda não entendiam como o caso chegou a esse ponto se não tinha uma base concreta.

— Já sabem, respostas curtas, nada exagerado, se controlem porquê o Collins irá fazer de tudo para colocar Harry como irresponsável ou vilão da história, então, por favor, nada dos dois terem surtos de raiva — Liam os avisou de maneira séria.

— Não sei porque é você que está nos aconselhando, quem é o advogado do caso é o seu primo — Louis apontou, olhando de canto de olho para Liam.

— Andrew está conversando com Harry e eu vim conversar com vocês, Andrew não vai ser grosso com vocês, ele leva muito a sério isso de ética comportamental — Liam argumentou, arrumando o terno.

— Ammy e Lili estão a onde? — Lucca perguntou olhando ao redor, não as via.

— Em um escritório do prédio com Niall, não se preocupe.

Ok, essa é a minha famíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora