Se do céu a chuva cai
Calma e fria, gela o corpo maculado
Um pedido sobe, dá boca a reza
Alma aflita, faminta balbuciouA vergonha pasma, diante das tuas vísceras
Malícia consternada, dos teus lábios laços
Tua conquista, carne apodrecidaAh, triste realidade dos corações vazios
Que nutrem somente a sede pela maldade,
Em suas mentes sombrias,
Semeiam a dor, sem nenhum alarde.Os sorrisos falsos escondem a crueldade
Naqueles que só encontram prazer em ferir,
E, na escuridão de sua insensatez, invade
O mundo de inocentes, sem se arrependerA violência se alastra, como chamas vorazes,
Queimar sonhos, esperanças e virtudes,
Deixa cicatrizes profundas, marcas mordazes,Ah, triste realidade que nos rodeia,
O egoísmo que cega os olhos e consome,
Envenenando os corações e a alma alheia,
Deixando um rastro de dor e escarlate lume.