Tem momentos que simplesmente desejo o silêncio alvissareiro
Silenciar as emoções, parar de pensar
Ficar inerte com o mundo ao redor
As repetições das falas, das imagens, dos sons
Exploram as minhas retinas
Aquela vontade de inexistência, o fútil
O sentido contorcido da vida me inebria
Aflição e maremoto sentimental abalam meu ser
Tudo parece pesado demais, inabarcável, insondável
O ar já não é suficiente para respirar, falta-me o fôlego da vida
Nada é explicado, apenas as dúvidas são presentes
A sombra da tristeza me acompanha
Neste abismo de sentimentos, desejo somente calma transcendental
Que meus pensamentos me deixem em paz
Que a calma traga conforto e clareza
Um recomeço de luz, uma nova chama no horizonte
Para incendiar minha alma em êxtase.