Amarrados pelas feridas do passado
Somos prisioneiros de nossos próprios medos
Procuramos nas entrelinhas a saída
Mas inevitavelmente nos perdemos
Nesta teia de emoções ardentes
Somos como pássaros sem asas
movendo-se em círculos, em busca do infinito
Mas sempre ancorados pela solidão
Neste mundo de conexões superficiais
Somos românticos incuráveis
À procura de um amor verdadeiro
Mas muitas vezes nos entregamos
Às emoções carnívoras que nos consomem
E nos deixam apenas fragmentos de nós mesmos
Assim, estamos interligados
Pelas marcas das cicatrizes
Pelas esperanças perdidas
Pelas promessas quebradas
Talvez não haja soluções fáceis
Para nossas almas aversas
Mas enquanto houver vida
Haverá a possibilidade de encontrar redenção
E, quem sabe, descobrir que o amor verdadeiro
Estava dentro de nós o tempo todo.