Capítulo 67

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Anna Estrella ✨

Anna: SE FOSSE VOCÊ SENTINDO ESSA DOR NÃO ESTARIA RECLAMANDO. - grito alto, mas não sei se foi por conta da dor ou por estar descontando a própria dor no Filipe.

Mano que menino lerdo!

Ele tinha chegado em menos de cinco minutos, o bom de se morar perto da loja é isso, podemos chegar rapidinho. Mas o importante agora não é isso, é meu theozinho que já quer nascer.

E o idiota do Filipe tá falando mas do que ajuda, sinceramente meu deus.

Ele está nervoso por isso não cala a boca, e sei que é por preocupação e pela animação de ver nosso garotão.

Mas porra, quem tá sentindo a dor sou eu e ele tá me deixando mais nervosa ainda falando desse jeito.

Ret: Jae, amor, jae. Só fica calma, falo? - Disse mais uma vez. - lembra o que a doutora disse, respira e inspira. Isso vai te ajudar, eu acho.

Anna: F-filipe, só cala a porra da boca e dirige. - Resmunguei enquanto tentava seguir o que ele disse.

Mas isso dói muito.

Me lembre nunca mais engravidar, isso dói.

Ret: Ja chegamos! - deu um grito enquanto abria a porta, ele correu pra me ajudar e quando finalmente sair soltei outro grito de dor.

Eu sei que isso é bem normal, estou tendo um bebê não é? Mas a dor é tão forte assim? A doutora me disse mas não sabia que seria dessa forma.

Ret: Você vai ficar bem, nosso garotão vai nascer. - Falou com a voz embargada enquanto me levava pra dentro do hospital. - MINHA MULHER TA TENDO MEU FILHO, AJUDEM AQUI PORRA! - Falou alto chamando atenção de todo mundo ali.

Logo algumas enfermeiras veio em meu encontro com uma cadeira de rodas para mim se sentar, elas viu meu estado. Não tava conseguindo nem ficar em pé, misericórdia.

Enfermeira: A quanto tempo a bolsa estourou? - perguntou-me enquanto me guiava para entrar em uma porta, o Filipe estava logo atrás de mim.

Ret: Foi a dez minutos atrás. - Ele respondeu por mim.

Anna: Mas a doutora disse que a cada cinco minutos vem uma contração... - Eu estava suada e mal conseguia falar de tanta dor. - Mas os intervalos tão de um a um minuto. - prendo meus lábios entre os dentes quando sinto outra contração.

Enfermeira: Então deixa-me avisar que você papai vai ter que esperar aqui, por agora, a sua mulher vai entrar em trabalho de parto. - Ela nos disse um pouco nervosa, ou sou eu que tou vendo demais. - Vou chamar a médica e mandar preparar a sala. - Saiu logo em seguida me deixando com outra enfermeira e o Filipe que teve que ficar pra trás quando a enfermeira me guiou para trocar de roupa.

Ret: VAI FICAR TUDO BEM AMOR! - Escutei a voz do Filipe.

(...)

É impossível descrever as tantas emoções que estou sentindo, estar naquela sala de parto me deixou nervosa, porém o Filipe entrou na sala e segurou minha mão me dizendo que faríamos isso juntos, que estava tudo bem e que estaria comigo o tempo todo.

Isso de alguma forma me confortou e me deixou determinada a continuar, mas a todo momento que pensava que desistiria quando eu empurrava e sentia dor, ouvia a voz do Filipe e a doutora dizendo que eu estava quase lá e que eu conseguiria.

E isso me incitou a fazer força.

Anna: Ai meu deus! - gritei de dor fazendo mais força ainda.

To de Nave - RetannaOnde histórias criam vida. Descubra agora