Após a prisão injusta de seu pai, Ayano Suzuki viu sua vida virar de cabeça para baixo. Determinada a expor a verdade e punir aqueles que destruíram sua família, ela embarca em uma jornada perigosa, onde o ódio e a vingança tornam-se suas guias.
Em...
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Yokohama, 2008
— Você deveria descansar um pouco — a loira para encostada no batente da porta, cruzando os braços e encarando a Suzuki. — Isso não faz bem para a sua saúde e, você sabe.
Ayano estava tão concentrada no que estava fazendo, que nem se quer notou a presença de Francine se aproximando. Ela suspirou e, gentilmente colocou os papéis em cima da mesa.
— Não tenho tempo a perder, Francine. Achei que ja estava ciente.
— Qual é, Ayano. Se você se matar por exaustão, como vai conquistar a liberdade do seu pai? — ela suspirou derrotada, sentando-se ao lado de Ayano — O seu pai não gostaria de te ver assim.
— Como você pode ter tanta certeza? Ele não está aqui para ver. Você saberia o que estou sentido se estivesse no meu lugar — A Suziki talvez tenha soado mais rude do que desejava. Ela suspirou um tanto arrependida, mas não deixou transparecer.
Francine abaixou o olhar, ela não suportava em ver a própria prima se esforçando tanto! Ela queria poder mudar o passado, mudar a fatídica noite de dois anos atrás.
— Ele sente a sua falta.
— Eu não ligo.
— Você poderia pelo menos tentar perdoa-lo. Você tem muita magoa nesse seu coraçãozinho e, isso não te faz bem — ela colocou a mão no ombro da Suzuki, tentando convence-la de que o melhor seria perdoar, Peter.
— Isso é muito egoísmo da sua parte me pedir isso, afinal, o seu pai ainda está em casa com a família — Ayano disse ríspida, tirando a mão da loira do seu ombro.
— Me desculpa... eu.. eu só... Esqueça, estou saindo — ela levantou-se chateada com o que acabou de ouvir, mas não se opôs.
E sem dizer mais nada, Francine, saiu do escritório escondido na biblioteca, fechando a porta e, puxando a cortina. Certificando-se de que ninguém tinha visto. Ela ajeitou a postura e, saiu da biblioteca lentamente para não gerar suspeitas dos empregados da casa.
Ayano relaxou o corpo na cadeira giratória, suspirando pesadamente. Talvez, Francine estivesse certa, talvez ela realmente precisasse de um descanso. Suzuki não conseguirá se lembrar da última vez que teve uma noite de sono merecida, ou quando conseguiu dormir por uma noite inteira.
Ela se via na obrigação de provar que seu pai era inocente, afinal, era assim que uma família deveria ser, não é?
Ayano olha para o envelope em cima da mesa, pegando-o e abrindo-o com o maior cuidado possível. Desde que tinha o recebido, ela nunca se quer tinha o aberto. Essa seria a oportunidade perfeita para bisbilhotar o conteúdo do envelope.
O envelope era branco com alguns detalhes em prata, ele estava fechado por um selo de cera na cor azul marinho. Era simplesmente luxuoso!
Ao abrir o envelope e examinar o conteúdo que havia ali, Ayano ergueu uma sobrancelha ao notar que estava sendo convidada para uma festa a fantasia na Flórida. O convite deixava claro que o tema da festa seria: Era uma vez e, que o convidados eram obrigados a irem vestidos com alguma fantasia dos contos de fadas.
