Após a prisão injusta de seu pai, Ayano Suzuki viu sua vida virar de cabeça para baixo. Determinada a expor a verdade e punir aqueles que destruíram sua família, ela embarca em uma jornada perigosa, onde o ódio e a vingança tornam-se suas guias.
Em...
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— O que você acha que pode ser? — Ayano continuava correndo, sentindo-se ofegante, com o ar se esvaindo de seus pulmões.
Mikey, por outro lado, também parecia bem ofegante. Ainda assim, ele poderia continuar correndo por mais algum tempo. Tempo suficiente para chegarem até o acampamento.
— Eu não sei.
Ela não respondeu, sabendo que não era hora para conversas triviais. Precisavam guardar fôlego para conseguirem chegar ao acampamento o quanto antes.
Já estavam correndo há longos minutos e perceberam como se afastaram bastante da área do acampamento.
Ayano não aguentava mais correr. Estava com dificuldades para respirar, sentindo suas pernas fraquejarem e uma dor aguda do lado direito do abdômen. Sabia que poderia acabar caindo a qualquer momento, então parou, apoiando-se em uma árvore para tentar regular a respiração.
— Por que parou? — Mikey deu meia-volta, parando próximo a Ayano quando notou que ela já não o acompanhava mais.
— Não aguento mais correr. Quase não estou sentindo minhas pernas. — Ela colocou a mão no peito, sentindo o coração bater descompassado.
— Você acha que consegue aguentar pelo menos mais um pouco?
Ayano não respondeu, ocupada demais respirando pela boca, tentando inalar o máximo de ar possível, já que respirar doía.
— Droga... — Mikey praguejou baixinho e, sem pensar duas vezes, se abaixou na frente de Ayano. — Sobe.
— O-o quê? — Ela ficou visivelmente surpresa, sem saber exatamente o que deveria fazer.
— Sobe logo. Não temos tempo a perder, eu vou te carregar até o acampamento.
Ela mordeu o lábio inferior, um pouco receosa. Não gostava dessas "brincadeiras" de cavalinho, pois tinha medo de cair. Mas sabia que não tinha escolha. Ambos não poderiam esperar que ela se recuperasse para seguir em frente, considerando que não sabiam o que estava acontecendo no acampamento.
Um pouco tensa, ela se aproximou de Mikey e subiu em suas costas. Ele se levantou com um movimento firme, ajustando-a em suas costas com um leve impulso e segurando as coxas de Ayano firmemente.
Mikey não disse mais nada, apenas começou a andar em uma velocidade considerável, tomando cuidado para que Ayano não caísse, já que ela estava claramente tensa. Ele podia sentir isso facilmente, pois ela o segurava com força, com medo de cair.
— Relaxa. Eu não vou te deixar cair. — Ele disse sério, tentando passar confiança para ela, que, com o tempo, foi relaxando, permitindo que Mikey aumentasse a velocidade dos passos.
Era desconfortável correr com alguém em suas costas, mas Sano precisava se manter firme.
Ayano segurava a arma contra o peito e as costas de Mikey, tomando cuidado para não machucá-lo. Ela imaginava o quão ruim seria correr com algo te cutucando, então tentava segurar seu próprio peso para não incomodá-lo. Mas, aparentemente, ele não precisava de muitos esforços para carregá-la.
