Após a prisão injusta de seu pai, Ayano Suzuki viu sua vida virar de cabeça para baixo. Determinada a expor a verdade e punir aqueles que destruíram sua família, ela embarca em uma jornada perigosa, onde o ódio e a vingança tornam-se suas guias.
Em...
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Em algum lugar do mundo.
A sala estava escura, o ar pesado. A iluminação vinha apenas de uma lâmpada sutil sobre a mesa de madeira maciça. Ali, sentado, estava A, usando seu habitual sobretudo vermelho com capuz e a máscara Wakaonna. No silêncio absoluto, ele esperava.
Do lado de fora, os dois capangas se entreolharam, hesitantes. De toda a sede, o escritório de A era o lugar onde menos gostavam de estar. Sabiam que, uma vez lá dentro, o menor deslize podia ser fatal. Engolindo em seco, tomaram coragem, abriram a porta e entraram, mantendo os olhos baixos.
— Como estão as coisas? — perguntou A, com a voz baixa e incisiva, direta como uma lâmina. Sem rodeios, sem hesitações, apenas comando.
Quando ficaram cara a cara com A um frio subiu por suas espinhas, aquela máscara que ele usava era sinistra, facilmente poderia causar terror por onde passava.
Um dos capangas deu um passo à frente, tentando manter a postura firme, mas sua voz tremia levemente.
— Está tudo indo conforme o esperado, senhor. O avião de Ayano e os outros… caiu. Mexemos alguns pauzinhos e fizemos parecer que pousaram em segurança no Japão. Ninguém suspeita de nada — informou, a voz controlada, mas não conseguindo disfarçar o nervosismo.
Uma pausa. O silêncio de A era quase sufocante. Ele não fazia qualquer gesto, mas o capanga sentia como se cada segundo sem resposta fosse uma avaliação cuidadosa. Então, finalmente, A cruzou os dedos, descansando as mãos sobre a mesa.
— Então, caiu mesmo — murmurou, mais para si. — E ninguém no Japão sequer questiona o “pouso” perfeito.
Era uma constatação simples, mas na voz dele, parecia um veredicto. Ayano e os outros estavam agora longe de qualquer ajuda, perdidos onde ele queria.
O segundo capanga, embora hesitante, se adiantou, engolindo seco antes de falar.
— Agora, o último passo é encontrarmos a localização exata da queda. Sabemos que foi na Coreia do Norte, mas precisamos das coordenadas precisas.
A deu um pequeno aceno, finalmente focando neles.
— Coordenadas, então — ele disse, com um toque de desprezo velado, como se aquele detalhe fosse irrelevante diante do controle que mantinha. — Encontrar onde eles caíram é só uma formalidade. Vocês sabem o que fazer.
Os homens assentiram, ansiosos para sair do escritório.
— Ah, e uma última coisa — continuou A, num tom que fez ambos pararem imediatamente. — Cuidem para que ninguém faça perguntas. Um único deslize, uma brecha, e quem responderá por isso são vocês.
Os dois capangas mal conseguiram esconder o alívio quando ele os dispensou com um gesto de mão. Se retiraram rapidamente, com passos cuidadosos, deixando-o novamente sozinho no escritório.