3) Noite Quente

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PRESENTEFaith Ryen

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PRESENTE
Faith Ryen

Meus pés deslizam pelo corredor da faculdade Story. Não estou atrasada, mas quero chegar alguns minutos antes de começar a aula de Antropologia e Sociedade. Tenho algumas anotações para fazer resumo.

Vida de universitária é complicada...

Quando finalmente chego na sala de aula, que está vazia, ando até o meu lugar subindo as escadas. Me acomodo na cadeira, abro minha mochila e retiro o notebook.

Largo a mochila no chão e abro o meu notebook, já liberando ele com a minha senha infalível. x0x0t4.n4.p1K4. Ninguém seria capaz de imaginar essa senha. Lembro-me de quando coloquei ela, vivia com um post-it amarelo por aí.

Verifico as horas e ainda falta uns vinte minutos para começar a aula. Entro no aplicativo de resumos e adiciono uma nova folha.

Bufo olhando para a minha mochila jogada no chão, ao mesmo tempo tão perto, mas tão longe... Estico minha perna e arrasto a mochila com o pé. Me abaixo e pego a mochila, retirando um caderno simples.

Folheio o caderno até a matéria exigida e passo os olhos onde tenho que resumir. Minha cabeça está a mil, preciso de alguma coisa para me distrair, mas não tem nada.

Ok,
Respire,
Relaxe.

Começo a passar as anotações pro notebook. São textos e mais textos dessa matéria chata.

Passei tanto tempo digitando que nem notei que minhas amigas chegarem. Amália é a minha amiga desde a infância e nós desfrutamos o mesmo sonho de ser Especialista Penitenciário Psicóloga.

Conheci Lívia faz pouco tempo, mas já estamos amigas. Estou conhecendo mais sobre o seu passado, mesmo ela não tocando no assunto.

— Vai se matar de tanto estudar. — fala Lívia, comendo uma maçã.

— Eu tenho que passar direto... Tenho que ser perfeita.

— Perfeição não existe. — diz Amália, tirando o seu notebook da bolsa. — Todos nós erramos.

— Só queria acrescentar que o amor também não existe... — fala Lívia.

— Ah, que deprimente... Não quer dizer que seu macho está do outro lado do planeta que você tem que ficar dizendo que o amor não existe.

Os cabelos encaracolados de Lívia se viram para trás com uma rapidez instantanea.

— Esse é o grande problema, ele nem sabe que existo...

— Vai morrer pra lá. — diz Amália. Ela se vira para mim e me vê superconcentrada nas anotações. — Vamos para uma festa.

— Eu não...

— Calada, a vida não é só feita de estudos.

Tenho que admitir, eu preciso de um tempo para as festas

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Tenho que admitir, eu preciso de um tempo para as festas. Preciso de um tempo para mim mesma. Estou muito sobrecarregada por causa da faculdade e do meio período fingindo ser bibliotecária. Preciso de música, sexo e diversão. Em específico, eu preciso eu.

— Primeira regra: encontrar alguém para trepar — começa Amália, puxando minha mão para dentro do bar. — e a segunda: você precisa se divertir, viver, relaxar e gozar.

— Eu dou conta das suas regras.

— Bom mesmo. — diz. — Vou pegar nossas bebidas, te encontro aqui?

— Sim.

Amália anda até o balcão. Olho envolta e pessoas da universidade estão todos aqui. Professores e alunos, todos juntos. Não estou mais jogando colegial, mas mesmo assim é estranho ver professores e alunos em uma única balada.

Lívia não quis vir conosco, está completamente rendida por um cara do colegial. Ela é fiel a ele em todos os momentos da sua vida.

Observo as pessoas começarem a embalar nas danças e finalmente Amália chega com nossas bebidas.

Dou um gole no líquido e sinto o gosto ácido descer por minha garganta.

— Vamos dançar.

Amália me puxa para a pista de dança, mas consigo deixar o meu copo no balcão a tempo antes de ser derramado.

Amália começa a dançar, jogando o cabelo para o lado. Repito o mesmo movimento. Minhas pernas se acabam e meus braços de levantam para cima. Nós estamos dançando coladinhas, qualquer movimento que uma faz a outra também faz.

Amália me avisa que vai buscar outro drink e continuo a dançar. Meus movimentos estão rápidos e de acordo com a música.

Sinto uma mão pela minha cintura. Sua boca passeando pelo meu pescoço, enquanto ainda danço.

Me lembro das regras que Amália me disse, rapidamente pego sua mão e levo-o para fora do bar, em um bequinho ao lado. Estamos nos agarrando e nos beijando desesperadamente.

Nos afastamos em busca de ar. Observo seus olhos castanhos e sua boca levemente rosada. Não faço ideia de quem seja, mas eu preciso relaxar.

— Só sexo? — pergunto.

— O que você quiser, princesa.

Sorrio levemente. O cara me leva mais para o fundo do beco, indo para o escuro. Minhas costas batem na parede e ele agarra minhas coxas me fazendo ficar no seu colo. Nos beijamos.

Desejo ser devorada, ser comida de dentro para fora, ser virada do avesso... Hades.

O cara sai de meus lábios e beija meu pescoço. Sinto seu toque nos meus seios, os apertando. Estou arfando, querendo mais e mais.

Arranho as suas costas. O cara me solta no chão e vai traçando beijos até minha barriga. A barra do meu vestido está na minha cintura e minha calcinha está amostra.

O cara deu leve beijos ainda por cima do tecido. Arqueio minhas costas e ele desliza minha calcinha para fora das minhas pernas.

—  Você é perfeita... — diz, traçando beijos.

Seus lábios agarram minha pele sensível. Solto grunhidos satisfatórios. Meus olhos se fecham sentindo a língua fazer mágica.

Meus joelhos se fecham na cara de Hades, mas ele faz questão de deixá-los bem abertos.

Hades... Hades... Hades... Hades.

Abro meus olhos, observo a sombra de uma pessoa. Continuo agindo naturalmente, não ligando para essa pessoa me observando. Eu sei quem é você. Umedeço os lábios e solto gemidos gloriosos.

— Está precisando gozar, coitadinha?

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"A lealdade é rara. Se encontrá-la, não deixe que se vá."

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