+18| Sem Coração
Na cidade de StaryVille é dividida em dois lados: o lado certo e o lado errado. Nela, existe uma regra importante que proíbe qualquer relação entre moradores de lados distintos, sob pena de severas punições.
Faith sempre foi uma gar...
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TRÊS ANOS ATRÁS Hades Gunnar
Eu não consigo esquecer o seu corpo. Caralho, ela tem que ser só minha. Minha e de mais ninguém. Eu te desejo, como um demônio deseja sua salvação.
Se eu não conseguir o que eu quero, posso fazer a sua vida um inferno. Anote essas palavras.
A movimentação da minha casa está estranhamente estranha, luzes acesas por todos os lados e cantorias. Não temos qualquer tipo de festa aqui, foi proibido pelo luto horroroso do meu irmão pelo velho sem caráter.
Tenho nojo só de pensar nesse estrume. Afetei os estrumes, pobres coitados. Que Deus o tenha, porque nem o diabo suporta.
Desligo o carro, abrindo a porta e fechando-a logo em seguida. Estranhei não ter qualquer tipo de carro lá fora.
Onde será que Faith está?
Me aproximando cada vez mais da porta, tento adivinhar de quem são as vozes. Posso ter suspeitas, mas seria impossível de estarem aqui.
Abruptamente abro a porta, o som da música se torna mais alto e os gritos mais agudos. Mais que diabos. Fecho a porta atrás de mim, de queixo caído.
— Kyle! — Lyra exclama, segurando uma garrafa de uísque nas mãos. Ela dá um gole, pula do sofá e corre em minha direção. — Pensei que não te veria tão cedo.
Ela cai em meus braços, o cheiro de bebida impregna as minhas narinas. Dou um abraço de leve nela e a afasto sutilmente.
Seus olhos verdes brilham como nunca, suas pupilas quase não dá para se ver. Os cabelos pretos compridos são jogadas para lá e para cá.
— Por favor, não me chame assim...
— Te chamar como? — pergunta se fingindo de boba. — Ah, Kyle... Por que? Não é o seu nome?
Um sorriso de orelha a orelha se expôs em seu rosto.
— É apenas um nome do meio idiota.
— Deixe de ser bobo. — revira os olhos insatisfeita. — Eu queria ter um Kyle como nome do meio.
— Pode pegar para você então.
Lyra levanta uma das sobrancelhas, cruza os braços e faz uma cara de brava. Se aproxima do meu ouvido:
— Não conte para o meu homem...
Uma risada verdadeiramente sinistra e sincera sai de dentro dela. Um dragão rugindo e cuspindo fogo, é isso o que parece.
A mulher se volta para o sofá dançando com a minha mãe. Ando até a poltrona e me sento de frente para elas.
— O que deveria contar ao Hacker? — pergunto para Lyra, que segue dançando. — Que a sua mulher, a grande líder da máfia кровавая луна está se acabando de beber?
