Aquilo que Pode Ser Um Problema

4 0 0
                                    

A biblioteca lembrava a Blibioteca de Alexandria. Dois andares, colunas gregas e estátuas de seres que simbolizava a inteligência. Alayah teve a honra de entra na original antes do incêndio e podia dizer que a do Novo Inferno era muito mais chique e confortável.

Abriu a porta deparando-se com as estantes cheias de livros. As estantes do lado direito eram livros atuais. Se é que pode chamar livros do século XVII até o XXI de atuais. Já as do lado esquerdo tinham do XVII até o primeiro modelo de escrita inumano. No segundo andar era onde ficava os arquivos do "Jardins", Céu, Inferno e alguns do mundo humano. Na parte mais escura e afastada do segundo andar ficava livros e arquivos que apenas os líderes daquele lugar podiam pegar. Por causa disso os moradores colocaram o nome de "Área Restrita".

Ela fechou a porta atrás de si e andou até o meio da biblioteca, o único local onde tinha mesas e cadeiras. O teto era cheio de pinturas renascentistas e a luz do Sol que entrava pela janela fazia parecer que era um lugar como nos livros de fantasia. Completamente mágico.

A única coisa que fez a biblioteca ficar assim foi o bom gosto de Jofiel e de Najwa, que simplesmente proibiram qualquer pessoa de opinar. Principalmente Lucifer e Miguel.

Sim, muitos dos nomes e locais dos "Jardins" foram criados da mirabolante mente de Lucifer e do bom senso de Miguel.

Jofiel estava arrumando os livros que os moradores deixaram espalhados. Ela era a responsável pelos dois andares. Najwa era responsável pela "Área Restrita", o fato dela ser uma esfinge ajudava, já que ninguém lembrava se ela era egípcia ou grega.

A mais velha já estava ciente de que a sobrinha tinha entrado, poucas eram as pessoas que estariam em uma biblioteca as oito da manhã e Alayah era uma delas.

- Oi, tia Jo! - Alayah disse assim que Jofiel entrou no seu campo de visão. - Encontrou os livros que falei?

- Olá, Alayah. - Jofiel respondeu com seu típico sorriso. - Demorei um pouco, mas encontrei os livros. Mas diga-me, por que você quer todos esses livros de feitiço?

- Bom, alguns feitiços mexe com o véu que separa o nosso mundo com o mundo dos espírito, que eu e minha mãe temos um espécie de... Passe livre para ir e vir desse "outro" mundo. Eu acho melhor eu aprender alguns feitiços sobre isso.

- Concordo. Pedi para a Varda deixá-los no seu "cantinho". - Jofiel pegou alguns livros de cima da mesa. - Entrega isso para a Najwa, por favor. E não olhe o conteúdo. - Alayah pegou os livros das mãos dela e apoiou eles na lateral do quadril.

- Tudo. Se a Varda voltar aqui fala pra ela me esperar na minha sala. - deu um sorriso para a tia e colocou a garrafa de tequila em cima da mesa. - E levar o meu prêmio. Antes que pergunte tia, Belona está aqui.

- Será que agora ela e o pai se resolvem?

- Eu espero que sim. De verdade. O Lucifer pode ser um completo porre mas ainda é da família. - ela passou por Jofiel e subiu as escadas.

Quando chegou no topo Alayah olhou para ver quais eram as relíquias que estava carregando, quando viu percebeu que os herdeiros eram subestimados. O primeiro livro era a versão traduzida de um dos papiros de Ísis que Alayah uma vez furtara para ler, o segundo feitiços da Babilônia que a Celina ajudou a escrever e por último um livro de feitiços da baixa Idade Média que a Sofia traduziu.

Definitivamente os herdeiros eram subestimados.

Ela revirou os olhos e seguiu até a "Área Restrita", a grade de ferro estava trancada e do lado de dentro estava a esfinge, uma criatura com corpo de leão e cabeça de mulher que estava deitada em frente à porta.

- Najwa!

- Decifra-me ou devoro-te - Najwa disse assim que se levantou, tinha a cor e o tamanho de um leão, no caso leoa.

Não Sou Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora