O Dia do Reencontro

0 0 0
                                    


O dia seguinte estava nublado e frio por causa da chuva, parecia que aconteceria de novo. O humor de muitos não se diferenciava do clima em questão, pelo menos os que sabiam da real situação em que se encontravam.

Alguns dos moradores estavam do lado de fora, outros na recepção. Mesmo espalhados e fazendo ou conversando coisas diversas estavam todos esperando pelos familiares e amigos.

Alayah fazia questão de ficar ao lado da máquina de café, por essa causa um grande número de pessoas se acumularam por lá: Ingrid, Brighid, Sam, Shawn, Celina, Sofia, Iraci, Armie, Jacob, Nayana, Gaia, Gildor, Aisha, Haldir, Charlie, Samael, Daisy, Kabir, Angelica, Valentin e Spencer. Junto deles para impedir que alguém fizesse alguma besteira, ou pelo menos tentar: Ariana, São Jorge, Gadreel, Chloe, Linda, Gabriel, Harry, Lucifer, Asmodeus, Naamah e Leviatã. Esses três últimos estavam de corpo presente apenas pelos filhos.

Novamente, aqueles que passaram a noite na casa do Gabriel estavam reclamando, acordaram cinco e meia da manhã por culpa da caixa de som de Alayah, que colocou rock quase no último volume para acorda-los. Mesmo que eles não soubessem, a garota não dormiu de noite por estar revirando o sótão a procura da lâmina divina, que infelizmente não encontrou. Mais dois motivos para ficar junto da máquina.

Ninguém de fato estava discutindo, era mais tudo na esportiva, mesmo assim era impossível impedir gritos e xingamentos. Pelo menos, ao ver de alguns dos mais velhos, era um comportamento bem adequado.

Aos poucos alguns celestiais simplesmente apareciam do nada e alguns infernais, humano e criaturas, poucas chegaram igual aos anjos, foram avistados ainda na estrada nos seus carros.

"O Dia do Reencontro", como ficou conhecido, era na verdade o dia em que "Os Jardins" foi inaugurado, todos davam mais valor ao dia em que podiam ficar com seus familiares do que o dia da criação do lugar. Acabou virando uma espécie de tradição todos se reunirem nesse dia em específico.

Os primeiros que se aproximaram foram os elfos, Calen, Cirdan e Aerin.

- MÃE! AQUI! - Gildor chamou a atenção para o grupo, fazendo outros também encontrarem aqueles presentes.

- Oi, filho! - Aerin abraçou o filho. - Eu quero no mínimo três dias inteirinhos com você e não aceito "não" como resposta!

- Ok! Mas apenas três dias?

- Está falando igual ao seu pai! - ela riu pelo nariz se separando do abraço. - Se seu pai pudesse te ver agora...

- Tenho a mesma cara dos meus vinte naturais.

- Eu sei! Mas mesmo assim... - Aerin passou os olhos pelo local a tempo de ver Cirdan e Calen cumprimentar Leviatã e Naamah com um movimento de cabeça. - Vocês deviam ir conversar. Temos uma imagem para manter.

- Eu não vou. Também não pertenço ao seu clã, então não te obedeço, majestade. - Calen falou com escárnio. Não novidade para ninguém a rocha que as duas tinham.

- Mãe...

- Você pode não ser uma de nós, mas é casada com um. Peço no mínimo respeito. - Aerin saiu sem esperar uma resposta.

- Por que você faz isso? - Haldir ganhou a atenção da mãe.

- Por que as pessoas esquecem a qual grupo eu pertenço. Incluindo o tolo do seu pai.

- Por favor, não comecem! - Aisha puxou Haldir para o seu lado. - Sua mãe é um elfo negro e você já tem problema o suficiente.

- Minha filha tem razão! - Cirdan falou um pouco mais baixo segurando o ombro dele. - Você tem que manter a calma! Você não É obrigado a passar o dia com ela. Nenhum de vocês são obrigados a isso!

Não Sou Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora