Planos Ruins

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Precisou de poucos minutos para a chuva se tornar uma tempestade e mesmo os presentes terem a certeza de que seus filhos estavam seguros, alguns não deixavam de se preocupar.

- Gabriel, a Alayah está segura. Ela sabe se cuidar.

- Na maior parte do tempo ela sabe. Mas...

- Ela é adulta, não está sozinha e sobreviveu milênios! Não é como se isso fosse mata-la! - Lilith não entendia a preocupação do cunhado. Também estava preocupada com a filha, fato. Mas não estava daquele jeito.

- Eu confio que ela consegue ter responsabilidade, mas também confio na incrível habilidade de se enfiar em proble... - Gabriel foi interrompido pelo toque do celular.

- Você vem a uma reunião e não desliga o celular? - Uriel franziu o cenho. Ele até podia não entender os costumes humanos, mas com certeza ninguém quer ser interrompido.

- Claro que não! - assim que viu que era filha, colocou no viva voz para que os outros entendessem do que estava falando. - Oi, filha.

"Oi, pai. Cheguei em casa antes da tempestade. Os "QM" estavam comigo na "Zona Morta", então viemos par cá."

- Certo, se a Ariana me mandar mensagem eu aviso. - ele passou a mão no rosto depois de ouvir algo quebrando do outro lado da linha.

"JACOB! SE VOCÊ QUEBROU ALGUM PORTA RETRATO OU ESPELHO MEU, PODE SE CONSIDERAR MORTO! Tenho que ir, tchau."

- Depois vocês não querem que eu me preocupe? - Gabriel falou assim que desligou e guardou o aparelho.

- Desculpa, mas eu tenho que perguntar. Você está preocupado com a sua filha, com os seus sobrinhos ou com a sua casa? - Joana perguntou enquanto segurava o riso. Podia ter comandado exércitos antes de se tornar uma santa, mas ainda tinha dezenove anos.

- Um pouco dos três.
- Um pouco?

- Tá, muito dos três. - Gabriel se deu por vencido. - Saímos do foco de novo.

- Que foco Gabriel? - Agrath praticamente gritou. - Não vou dar o meu apoio para esse fornicador de dragões!

- Também não precisava socar ele! - Pahaliah apontou para Jorge com o copo de café. A marca do punho de Agrth estava bem visível no rosto dele.

- E o que eu podia fazer? - particularmente ela queria socar ele de novo. E outras pessoas.

- Ser mais respeitosa talvez? - Sebastião estava deitado no sofá que existia na sala. Fruto da oposta de Asmodeus e Leviatã.

- Ou talvez as pessoas possam dar ideias úteis! - Belzebu era um dos que não queriam estar presente, tanto que estava encostado na porta.

A maioria estavam espalhados pela sala, todos estavam nervosos depois da notícia da morte da Kesabel e estavam tentando encontrar alguma pista para seguir e alguma ação para resolver isso. O fato de estarem fazendo isso desde antes do almoço e até agora não terem chegado a lugar nenhum não estava ajudando em nada.

- Estamos andando em círculos! - Miguel estava com os cotovelos apoiados na mesa e massageando as têmporas.

- Principalmente o Gabriel. - Leviatã apontou com a cabeça para o loiro que estava andando de um lado para o outro

- Eu fico muito mais nervoso que qualquer um daqui. - de fato, concordava com o demônio que em pouco tempo abriria um buraco no chão. - Vocês sabem disso.

- Nervoso, ansioso, desesperado. - Namaah riu pelo nariz. - Tem certeza que a Alayah é sua filha?

- Pelo o jeito que a menina cai de cabeça em problemas, ela realmente é filha dele. - Rafael lembrava bem como todos eram na infância.

Não Sou Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora