DESTINADOS AO FIM

9° Capítulo - Breaking Down

Está prestes a cair, é perigoso
Me desculpe, estou prestes a chorar, sim
Desaparece a medida que a escuridão surge
Em um momento congelado no tempo

Elas vão desaparecer sem deixar vestígios
Por que eu não consigo parar o meu último favor?

Estou quebrando, desmoronando
Realçando a escuridão
Estou quebrando, vivendo dentro de uma memória
Dentro da minha memória

É o nosso destino, como uma determinação
Que me esmaga friamente, sim
Está ficando mais profundo nesta escuridão que se tornou avermelhada
Vida vazia, meu último favor

Breaking Down - Ailee
_________________________________________

— Eu sou o pai de Halya. - antes de chegar no quarto onde a irmã, o pai e a avó estavam, Halya já escutava seu pai dizer.

— É verdade oque ele diz, querida. - Merga falou.

— Pai? Nosso pai morreu.

— O seu pai morreu. - Lucian ditou. — Eu estou bem vivo para minha filhote. - Ametista rosnou, antes de por os olhos na irmã, que observava na porta.

— Haly! - Ametista correu até a irmã, a abraçando com força. — Eu pensei que tinha te perdido... - suspirou, começando a chorar. — Eu pensei...

— Eu estou bem... - abraçou a irmã, a confortando. — Estou aqui.

— Precisamos voltar para casa. - limpou as lágrimas e segurou a mão da irmã.

— Ametista... - ela segurou os ombros da irmã com carinho. — Eu estou em casa.

— Não, Haly! Você não entende, aqui é perigoso, papai quase morreu aqui! - agora Halya olhava confusa para a irmã.

— Nosso pai já esteve aqui? - questionou.

— Nosso pai nasceu aqui e quase morreu aqui! Precisamos voltar, por favor... - Ametista parecia realmente desesperada, estava em pânico e Halya notou aquilo.

— Olhe pra mim. - segurou o rosto da irmã com calma. — Nós precisamos conversar e você precisa se acalmar.

— Nós precisamos é ir embora, Haly... - desesperou- se a dizer.

— Certo... - ela resmungou olhando a irmã. — Pai, chame Zariel para mim e peça para ele me trazer um chá.

— Não preciso de...

— Fica quieta! - exclamou. — Vamos conversar aqui e agora. - olhou para a avó e o pai. — Podem nos dar licença, por favor? ‐ ambos assentiram, saindo do cômodo.

— Podemos morrer se continuar aqui! - exaltou- se.

— Eu já morri, Ametista... - começou a dizer, fazendo a irmã arregalar os olhos.

— Morreu?! - desesperou- se. - Não cheguei a tempo de te salvar, então? Você virou um fantasma?!

— Ametista, para de ser burra! - gritou. — Eu morri anos atrás, mas sou uma bruxa, tenho o poder da fênix azul. - fez o fogo azul acender em suas mãos, a irmã a olhou surpresa. — Quando morri, minhas cinzas atravessaram o portal pelo qual você passou e renasci no mundo humano.

— Isso explica você flutuar na cama quando era bebê... - resmungou se sentando na cama. — Papai disse que sua alma estava dolorida e machucada, por isso lhe demos o colar... Camuflar seus poderes e o quê te machucou não viesse atrás de você. Ficamos com medo de perdê-la.