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— Tome um banho Liam! — Disse Judy me entregando uma toalha e apontando pro quarto de banho.  

Meu desespero estava abafado no momento. Entrei pra baixo do chuveiro e não me permiti chorar, eu preciso esfriar minha cabeça, pensar em como poder controlar essa magia que há em mim e trazer minha família de volta. Judy entrou no banheiro e deixou o vestido cair de seus ombros lentamente. Minha mente ficou completamente vazia, meu coração em disparada, me faltou o ar quando ela deu um passo para dentro do box.

— Respire leãozinho! 

Puxei o ar profundamente pelo nariz e o perfume de flores doces me invadiu por dentro. Judy espalmou as mãos em meu peito, eu não faço ideia de como devo agir com uma divindade. A Boca de Judy encostou na minha. 

— Apenas fique calmo. — Sussurrou de olhos fechados. 

Respirei fundo mais uma vez enebriado em seu perfume. Fechei meus olhos segurando na parede por me sentir tonto, a mão de Judy desceu por minha barriga, sua mão era fria e me arrepiou ao mesmo tempo que me deixou duro. 

— Judy. . .?

— Shiii. . .  

 Judy massageou lentamente me deixando pulsante. 

— É disso que eu preciso.

 Sua boca fria e doce tomou a minha e a levantei em um braço. Judy me abraçou com braços e pernas e lentamente a desci por meu corpo a encaixando lentamente.

— Me leve para a cama! — Gemeu ela. 

Eu a obedeci, a carreguei ainda encaixada em mim. Na cama deitei de costas com ela por cima de mim. 

— Por favor não se transforme em um leão?! — Pediu ela me fazendo rir. 

— Acho que consigo controlar.

— É que vou precisar que use sua magia no momento certo.

— Como eu faço. . . — Ela se movimentou encaixada em mim e quase não pensei direito, senti o calor da minha magia quando seus olhos ficaram prata liquida. As raízes quentes da minha magia começaram a percorrer minhas veias.

— Isso. . . — Judy movia-se pra cima e pra baixo. —  Junte-se a mim Liam. 

Senti o momento exato em que os fios prateados de magia fria se enlaçavam aos meus fios dourados e quentes. Quando dei por mim eu a tinha tomado, fiquei em cima dela e a preenchi com minha semente e minha magia. O prazer foi tão forte que minha mente apagou. 

Acordei com Judy de pernas pra cima na parede.

— Vá se vestir Liam, minha irmã já está pronta e a sua espera.

— O que. . .? 

— Vão sair ao crepúsculo pra que a Deusa da lua os acompanhe em segurança. Alimente-se e cuide de minha irmã como se fosse o seu.

— Cuidarei! — Falei lhe dando um beijo na boca e indo pegar uma roupa que estava estendida em cima de um bau. — Estás são para mim?

— Sim, era de seu tio. 

— Por que está dessa forma? — Perguntei colocando a calça.

— Para proteger sua semente ainda dentro de mim, estão procurando o caminho para a fertili. . . não estão mais, uma semente encontrou o caminho.  

 — Como sabe. . .?

— Sou uma semideusa eu sei de tudo o que acontece  dentro do meu corpo, eu nasci com a sabedoria de algumas coisas dentro de mim. 

— Eu . . .  eu vou ser o pai dessa pequena divindade? — Murmurei com medo da resposta.

Judy levantou e um vestido amarelo cheio de flores começou a ser feito com magia, fiquei encantado com o que vi. Ela caminhou até ficar com o rosto perto do meu.

— Sim, você será o pai desta e também será o pai da criança que gerar em minha irmã, mas não sei se vamos poder ficar com elas. 

— Co-Como assim, seremos os pais, como não ficaríamos com elas?

— Para serem caçadas como nós? 

— Você gostaria de não ter conhecido seus pais? 

— Não fique bravo Liam, as vezes precisamos fazer sacrifícios por um bem maior. — Judy já vestida passou a mão em meu rosto. — Agora foque apenas em trazer seu irmão e sua mãe.

— Está bem!

Me vesti e sai do quarto, Ibsen fez uma mesa farta, onde todos já estavam acomodando-se para almoçar, eu não estava com fome, mas sei que preciso estar forte. 

— Depois do almoço vou ensinar algumas coisas sobre sua magia Liam, não vou ir com vocês dois, Lucy acha que quanto menos melhor, mas se algo der errado, Tija vem nos buscar. 

— Não vai dar nada errado tio!

— Que assim seja! 

— E quanto a meu pai?

— Não se preocupe eu vou ir até ele e mantê-lo seguro. 

— Fiz duas bolsas com comida, água e  biscoitos, uma manta impermeável e uma muda de roupa pra cada. — Disse Ibsen. 

— Gratidão! — Disse Lucy 

. . .

Antes de sair da floresta Ib nos forçou a mais  uma refeição reforçada. Não queríamos cansar Tija e nem sair com cavalos para não levantar suspeitas, me transformei em Leão, Lucy montou em mim e Tija subiu pela minha perna e enroscou-se em Lucy. Asgar nos acompanhou até o fim da floresta e nós seguimos entre a floresta de carvalho até o penhasco, minhas patas ardiam com os cortes feitos pelas pedras enquanto eu descia o penhasco até encontrar o mar. 

''Aqui já essstá bom!''

Transformei-me e Tija cresceu por baixo de nós, ficamos montados naquela enorme cobra enquanto ela deslizava para a água que por enquanto estava calma. 

''SSSssugiro que levantem os péssss''

Dobramos as pernas e o corpo de Tija boiou na água. Serpenteando pela água ela era muito rápida, saltava água nas laterais de seu corpo. Puxei Lucy para o meio de minhas pernas e ela não protestou, encostou a cabeça em meu peito e adormeceu enquanto eu admirava o brilho azul na água e as estrelas lindas que pareciam mais brilhantes naquela imensidão de escuridão.





Entre a Flor e o EspinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora