Acordei com meu irmão pulando em minha cama.
— Vamos, desperte Liam, vamos perder o sol!
— Só mais um pouquinho?!
— Mas eu quero estar lá enquanto o sol não fortalece.
— Ellyon o sol acabou de despontar no horizonte!— Reclamei ao ver o arroxeado do céu.— Deite aqui comigo e tenta dormir um pouco.
— Não consigo, Liam, estou muito disposto.
— Aff. . . beleza, você venceu!
— Isso!
Levantei de arrasto, ao descer noto uma desordem, desço as presas.
— Pai?
— Filho já levantou?— Perguntou ele enquanto colocava sua armadura, minha mãe correndo com suas botas.
— O que houve?
— Há um navio ao leste Vasar, fui requisitado, filho, estamos em meio a ameaças, quero que tome cuidado, se ver estranhos não diga quem você é e . . .
— Fique tranquilo pai, ainda lembro de meu treinamento.
— Mas a meses não treina, precisa voltar a treinar.
— Eu sei.
— Vai começar a treinar depois das aulas, se uma guerra estourar não quero você desprotegido!
— Também quero treinar!— Saltou Ellyon.
— Pode acompanhar seu irmão.
— Obrigado papai!
— Há mesmo essa possibilidade?— Perguntei sentando no último degrau da escada.
— Sim, filho, se não encontrarmos as tais divindades . . .
— O que são as divindades?
— Não sei filho e é por isso que estou começando a me preocupar. . . não sabemos se é objeto ou pessoa, pode ser até animal, vai saber.
— E como vamos descobrir?
— Mandei um espião para a ilha, assim que ele voltar descobriremos.
E assim que meu pai terminou de se arrumar partiu, olhei para minha mãe que segurava seu colar esmagando o pingente de pentagrama na mão. Ela olhou em meus olhos.
— Ao crepúsculo quero que me acompanhe num lugar.
— Tudo bem!— Lhe dei um beijo na têmpora.
Ellyon engoliu o café da manhã, minha mãe estava com o olhar disperso. Por fim pegamos os cavalos e fomos a praia onde os soltamos em um cercado e pegamos nossas pranchas na barraca da praia. Caímos na água, Ellyon já iniciava tentativas de manobras, o que me deixava orgulhoso dele. Saímos da água quando o sol já estava a 3 palmos de estar a pino, nosso estômago já roncava a praia já começava a esvaziar, as pessoas estavam indo almoçar. Deixamos as pranchas no chalé e vejo as irmãs Grom chegando, Judi soltou as sacolas ao lado de Lucy e correu para o mar aos pulinhos, Judi se tornava cada vez mais linda, principalmente nas vestes de praia, onde víamos quase todo o seu corpo, voltei os olhos para Lucy que estava tirando a roupa, minha boca secou ao ver a primeira tatuagem, duas asas azuis saiam do meio de seus seios e se abriam uma pra cada lado, com um contorno perfeito fazendo a volta por baixo de cada.
— Liam. . .
— Olhe lá a Judy, por que não vai dar um oi?
Ele sorriu e correu para o mar enquanto eu deixei meus pés me levarem até Lucy enquanto assistia o espetáculo. Seus braços tinham incontáveis tattoos, enquanto se abaixou para tirar a calça, de costas para mim, vejo as fazes da lua de ponta a ponta. Ela levantou o cabelo o emaranhando em um ninho desgrenhado amarrado pelos próprios dreads, e a primeira tatuagem antes das fazes das luas era o sol, as pontas dos raios entravam por debaixo de seu cabelo dobravam no pescoço e por cima dos ombros. Em suas pernas bronzeada o pelo dourado, havia comida desenhada, galhos finos cheios de espinhos com amoras pendendo de galhos mais finos, saia de seu tornozelo e fazendo uma curva na panturrilha. Uma adaga tatuada a lateral da coxa direita. E na lateral de seu quadril até a costela menor, rosas com espinhos negros enormes. Quando percebi estava a centímetros dela.