☆Prólogo☆

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— Ranpo! Tem uma carta pra você! — Atsushi entrou pela porta do escritório, parando em frente a mesa do detetive, que aproveitava seus doces enquanto lia mais um livro de mistério que seu amigo o deu. — Não está escrito quem mandou... na verdade, o envelope nem tem selo!

O de cabelos brancos entregou a carta, seu rosto confuso pedindo por explicações.

Ranpo colocou o livro de lado, reclamando de um jeito infantil ao fazê-lo.

— É melhor ser alguma coisa interessante, eu 'tava fazendo algo muito importante! — Ele pegou a carta e se reencostou na cadeira.

Abrindo o envelope marrom, ele achou uma carta com um conteúdo muito interessante dentro.

— Atsushi, você acha que Fukuzawa ficaria feliz se eu resolvesse o maior mistério do ano? — Ranpo perguntou.

— Quê? — Ele perguntou— Acho que sim... Ah, esqueci de avisar! Um pombo branco estava rondando a caixa de correio quando eu cheguei! Ele era muito agressivo! Quase arrancou meu braço fora de tanto me bicar! — Atsushi contou, acariciando seu ombro onde o pássaro havia machucado. — Até entendo o porquê daqueles bichos serem relacionados aos dinossauros...

— Atsushi, você é um tigre! Você tinha é que comer essas coisas! — Dazai provocou com um sorriso implicante do outro lado da sala.

— Mesmo se eu quisesse, não iria conseguir! — Reclamou o homem tigre, seu rosto quase triste por perder o lanche da tarde.

— Mesmo se quisesse?! — Dazai riu muito alto, chamando a atenção de todos na sala, menos a do detetive de olhos verdes, que ainda encarava o papel, intrigado. — O Atsushi enfia rolinha na boca! — Ele riu tanto que lágrimas começaram a rolar de seus olhos.

A risada de Dazai era quase um engasgo. Quem não achou a piada engraçada, estava irritado com gargalhar de Dazai, que ria como se estivesse sobre efeito de drogas.

Ele continuou rindo estridentemente, tanto que o homem tigre teve que ir até ele para tentar pará-lo.

Enquanto isso, Ranpo se levantou e saiu da sala. Algo naquela carta estava muito estranho, ele só não sabia dizer o que.

Quando ele saiu do prédio, o tão falado pombo correio pousou em sua boina, se aconchegando docilmente em sua cabeça.

— Oi! — Ele cumprimentou, passando seu dedo pela cabeça do pássaro. — Você não é o dinossauro que Atsushi falou...Você é a Leda, certo?

A pomba arrolou em resposta quando ouviu seu nome.

— Eu vou encontrar alguém importante agora, que ir junto? — Ranpo perguntou amigavelmente para o pássaro. Seu arrolar disse que sim. — Então vamos!

Ele pegou seu telefone e discou o número que por algum motivo ele tinha decorado. O nome do escritor apareceu na tela.

— Alô? — Uma voz um pouco assustada perguntou quase que imediatamente.

— Poe? Você consegue me ouvir?

Código Morse | RanPoeOnde histórias criam vida. Descubra agora