Capítulo 3 - TÁ PERFEITO DEMAIS

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Após o fim do primeiro dia de espetáculo, não, porque aquilo não foi um evento, foi um espetáculo, fomos finalizar a noite no happy hour, o evento todo teve duração de três dias e cada fim de apresentação eles promoviam um happy hour para que cada cadeia de network pudesse se entrosar ainda mais e discutir tudo que rolou no evento, aquilo era um oceano de oportunidades e eu, claro, estava ali pra surfar naquelas ondas.

Quando entramos na área do coffee break a primeira pessoa que avistei foi Edgar, o tal que havia conhecido antes de começar as palestras, então Arthur acenou para ele o chamando para se juntar a nós. Rapidamente ele pediu licença das pessoas com quem conversava e se juntou ao nosso grupo.

-Boa noite a todos. Cumprimentou ele

Todos o cumprimentamos de volta e Arthur levantou-se para apresenta-lo as demais do grupo, afinal eu já o havia conhecido. Após todas as devidas apresentações, ele puxou uma cadeira e sentou entre nós. Estávamos em um grupo de doze pessoas, todos super empolgados, cheios de ideias para compartilhar, era tanta euforia que virou uma confusão, todos falando e rindo. ao mesmo tempo que ninguém se entendia, todo mundo se entendia, era maravilhoso estar ali. Nunca tinha me divertido tanto, nunca tinha rido e aprendido tanto, aquele dia estava sendo perfeito demais e eu não queria que acabasse. No entanto, tudo que começa precisa ter um fim, e chegou, e o cansaço começou a bater e comecei a bocejar e a ficar um pouco mais calada, passei somente a observar as pessoas e ouvir suas teorias.

Foi nessa hora que meus olhos se encontraram com os dele, sim o Edgar, eles estava me observando e eu não pude deixar de notar seus olhares, ele nem fazia questão de disfarçar, ignorei esse fato, afinal meu objetivo ali era apenas um, o sucesso.

Só que nem só de carreira vive o ser humano e quando se tem amigos aí que você não consegue viver só para o trabalho. 

- Cecilia minha flor, já está cansada? Perguntou Arthur ao me ver bocejar pela milésima vez.

- Sim, um pouco. Respondi ainda bocejando.

- Em que hotel está hospedada? Perguntou Arthur

- La Maison Favart. Respondi

- Uau que coincidência! também estou hospedado lá. Disse Arthur

Assim cada um foi dizendo onde estava hospedado, e pasmem, a maioria estava lá, mas a cereja do bolo ainda não tinha sido posta.

- Ah, isso é muito bom. Assim nosso grupo não dispersa. Respondi animada.

- Vamos, quem quer dividir o taxi? Perguntou Arthur ao grupo.

Nós dirigimos a caminho da saída para chamar um taxi quando senti alguém puxar a minha mão, o grupo continuou andando enquanto me vi ficar para trás. Olhei para ver quem havia me parado e era ele, Edgar.

- Você precisa mesmo ir? Gostaria de poder trocar umas ideias, não conseguimos conversar direito e a propaganda que Arthur fez a seu respeito me deixou interessado. Disse Edgar disparando uma tímida gargalhada do seu próprio trocadilho.

- HAHAHA ele realmente é muito bom no que faz. Respondi afirmando entender a referência.

- Certo, que tal uma saideira? Insistiu ele.

- Então, amanhã será mais um dia bem agitado e eu estou realmente muito cansada, não quero que o Arthur se prejudique. Respondi.

- Não entendi! Como isso prejudicaria nosso amigo? Indagou ele confuso.

- Meu cansaço pode fazer você ter uma primeira impressão errada e tornar minha capacidade duvidosa colocando em questão o comercial feito pelo nosso amigo, o fazendo pensar que foi uma propaganda enganosa. Respondi com um sorriso de canto com uma pitada de sarcasmo, no bom sentido.

- HAHAHA, pois acabo de receber a confirmação que o trabalho de Arthur foi realizado com sucesso, ele realmente é muito bom não só na publicidade, mas como no seu julgamento de algo promissor. Devolveu ele com entusiasmo.

- Obrigada, bom saber que alcancei suas expectativas. Acrescentei caminhando para a saída.

- Então isso é um boa noite? Disse ele frustrado.

- Até amanhã Edgar. Me despedi.

Após me certificar que saí do seu campo de visão, saí correndo atrás do grupo torcendo que eles ainda estivessem esperando um taxi, afinal a concorrência estava acirrada por uma vaga eu não queria perder a carona.

Chegando na pista lá estavam eles entrando em um taxi, então gritei acenando.

- Arthur, Alex, Laura.... esperem por mim. E saí correndo para alcança-los.

Alex olhou em minha direção e pediu que o taxi parasse.

- Cecilia onde você estava? Te procuramos por toda parte, achamos até que você já tinha ido sem nós. Explicou Arthur

- Tive um contratempo no caminho da saída e precisei retornar para dentro.

- Ah sim, compreendo. Respondeu ele meio confuso.

Entrei no taxi desconfiada e fui o caminho até o hotel calada, mas meus pensamentos não paravam de borbulhar na minha cabeça, era muita informação para uma noite só, eu estava altamente hipnotizada com tudo. "E aquele belo rapaz, o que será que ele queria?" pensei.

No instante que conclui meu pensamento, meu celular vibrou, busquei-o na bolsa e para minha surpresa era uma mensagem de Edgar:

"Querida Cecilia, perdoe a inconveniência, mas tomei a liberdade de pegar seu número com Arthur, senti que minha noite ficou incompleta. Espero que possamos conversar melhor em breve. Tenha uma boa noite. Edgar"

Logo ao ler a mensagem Arthur se manifestou:

- Cecilia, Edgar acabou de me pedir seu número e eu passei. Disse ele com ar de segundas intenções e sorrisinho sarcástico.

- Não crie essa "fanfic" na sua cabeça rapazinho, são assuntos altamente profissionais. Interrompi firmemente.

- Ah não, uma estraga prazer entre nós. Somos publicitários Cecilia, adoramos um "Merchant" me deixa criar esse cenário. Disse ele dramaticamente.

- Cecilia, Arthur tem razão. Imagina você na nossa equipe como primeira dama? Seriamos imbatíveis hahaha. Retrucou Alex rindo orgulhoso.

- Ah quer dizer que vocês estão me usando como ferramenta para bater metas, é seus danadinhos? Perguntei intrigada.

Todos deram uma gargalhada em coro e o assunto rendeu até o hall de entrada do hotel onde nos despedimos e cada um subiu para sua suíte, a noite tinha sido longa e mágica, mas também bastante cansativa, eu estava totalmente esgotada. Tomei um banho rápido e mal pude vestir meu pijama, fui me jogando na cama daí então não vi mais nada.

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>>>Olá meus queridos leitores

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Bjos e até o próximo capítulo. 

ANTES DA CATASTROFEOnde histórias criam vida. Descubra agora