CAPITULO 9 - A NOITE É UMA CRIANÇA

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Depois de um dia super agitado e de muito aprendizado, voltamos para o hotel para descansar um pouco, pelo menos eu precisava dar uma descansada, afinal a noite anterior tinha sido bem agitada. Tomei um bom e demorado banho e deitei na cama de roupão e tudo, só queria relaxar e sentir meu corpo formigar de tão relaxado, mas espera, estamos em São Paulo, nossa Nova York brasileira, cidade que não dorme, e os paulistas que nos arrebataram não iriam deixar eu e meu espírito idoso ficar enfurnada num quarto de hotel.

Como eu disse, em segundos meu celular começou a gritar desesperado de tantas mensagens.

"Cecilia, está viva?" – Arthur

"Ei, desce. Estamos te esperando, não demora" – Alex

"Quer que eu suba para te buscar?" – Edgar

"O que? Não, claro que não, se acalmem, já vou descer" – Cecilia

A sorte deles é que sou bem dinâmica e rápida para me arrumar, em poucos minutos já estava pronta, então peguei o elevador e desci. Chegando lá embaixo, vieram ao meu encontro, todos falando ao mesmo tempo e eu simplesmente não estava entendendo nada, tive que sair do meio deles e sentar no sofá do hall de espera para ver se eles se continham. Eles vieram e sentaram junto comigo e eu falei:

- Calma gente, um de cada vez, qual é da confusão?

- Não estamos entrando em um consenso sobre o destino dessa noite, precisamos do seu voto de minerva. Explicou Edgar.

- Quais as opções? Indaguei.

- Bom, eu quero ir pra uma balada, procurei no google e tem uma muito conceituada aqui perto. Disse Alex

- Já disse pra ele que conheço um lounge show que ele vai gostar. Discordou Arthur

- Lounge é um restaurante melhorado, não quero nada com cara de happy hour hoje. Retrucou Alex

- Gente, vocês vão me desculpar, mas acredito que hoje teremos que nos espalhar. Cada um faz sua programação, é o jeito. Sinceramente, hoje nem estava a fim de sair, por mim, nos reuniríamos na casa de alguém ou aqui no hotel mesmo, pediríamos algo para comer, umas bebidas e só. Noite passada foi pouca e não queria emendar mais uma noite, quero estar bem descansada para focar no que realmente viemos fazer. Por isso, meus caros, sugiro que cada um vá para onde desejar. Resumi.

Todos ficaram uns segundos em pleno silêncio me olhando.

- Cara me deu até saudade da minha mãe agora. Disse Alex rindo

- Olha aí Cecilia, te chamou de idosa. Estigou  Arthur também aos risos.

- E você acha que ligo, Alex está é certo. Hoje estou com meu espírito de oitenta anos. Quero mesmo uma boa janta e cama.

- É o seguinte Arthur, eu vou com você nesse lugar aí, mas com uma condição. Disse Alex

- Pronto, lá vem. Diz tua condição. Reclamou Arthur

- É por tua conta e amanhã vai ter que ir comigo na balada. Impôs Alex.

- Fechado! Disse Arthur.

Arthur e Alex apertaram as mãos selando a negociação e ao soltarem Arthur olhou para Edgar e os dois sorriram discretamente.

- Espera um pouco. Reagi.

- O que foi Cecilia, mudou de ideia? Perguntou Edgar.

- Não! Mas quero saber uma coisa.

- O que? Perguntaram eles

- Alex, você pesquisou os dias e horários de funcionamento da casa? Algumas baladas não funcionam todos os dias, ou tem temas para certos tipos específicos de público a cada dia da semana, seria interessante checar o que tem na programação de amanhã e ver se encaixa no que você deseja.

ANTES DA CATASTROFEOnde histórias criam vida. Descubra agora