Capítulo 7

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"Atravesse meu coração e espere eu morrer. Para o meu amado, eu jamais mentiria. Ele apenas disse: seja verdadeira. Eu jurei: para sempre."

"

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A neve em Sitka havia chegado, o frio congelante que eu odiava, mas bonito demais de ver pela cidade. Só que a própria cidade não estava nem aí para beleza nas últimas semanas. As coisas voltaram a ficar macabras, do tipo que eu nunca vi em Sitka – e que nenhum morador esperava viver. Jackson Hyde – o policial vindo de Nova York – havia desaparecido, e com ele, a cidade ficou assombrosa. Sem qualquer vestígio, como coisa de profissional, ele simplesmente evaporou depois de dizer que seguiria uma pista até Detroit.

Ele nunca chegou em Detroit.

_ Não quero voce andando por aí sozinha, ainda mais essa hora, aposto que Christian nem sabe que voce está aqui, né? – meu pai ralhou assim que entrei em sua sala na terça da terceira semana.

Tirei o sobretudo preto e as luvas da mesma cor, coloquei-os pendurados no guarda corpo ao lado da porta.

_ Christian está cidade, vai chegar mais tarde hoje – comentei.

Papai suspirou.

_ Outra coisa que não deve acontecer, já não pedi para vocês tomarem cuidado?

Eu quem suspirei dessa vez.

_ Papai, acha mesmo que esse tal serial killer que está por aí? – murmurei, me sentando na cadeira de sua mesa enquanto ele andava pela sala, nervoso. – Fala sério. Hyde deve ter se metido em alguma encrenca, ou sei lá, deve estar por aí. Sem contar que, por que necessariamente seria o serial killer, hein? Depois de tanto tempo?

Papai passou a mão pelo rosto.

_ Eu estou indo para o necrotério agora, filha – ele respondeu. – Acharam o corpo de Hyde, quero dizer... partes dele.

Abri a boca, surpresa.

_ Como assim? Aonde encontraram? – disparei.

Papai balançou a cabeça, como para dizer que não podia dar aquelas informações.

_ Quero que fique aqui, por favor, já que Christian não está em casa, e ligue para ele também, peça para tomar o dobro de cuidado, qualquer coisa posso ir busca-lo na divisa da cidade. E voce fica aqui até eu voltar, hein.

Eu queria pestanejar, lembra-lo que o assassino só pegava homens, mas não quis contrariar papai naquele momento. Ele destetava e ficava muito mal quando um colega policial morria por causa de um caso, não importava se era próximo dele ou não.

_ Eu vou ficar aqui, prometo – respondi.

Papai assentiu, ainda nervoso enquanto andava pela sala, e eu percebi que ele procurava coisas que precisava.

Ele suspirou quando esbarrou em algo, e eu me inclinei para ver o que era.

_ Isso estava no carro dele, o encontraram na beira da estrada, quando eu voltar vou analisar – comentou, colocando a sacola preta e amarrada no sofá. – Não queríamos mandar para a perícia, estão levando o caso para o FBI, estamos tentando encontrar alguma brecha.

Os 50 Tons de um AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora