Capítulo 8

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"Vim para te contar, dizer que eu sinto muito... uau, você não sabe o quão adorável você é."


Levei o celular para a frente dos olhos e encarei o visor

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Levei o celular para a frente dos olhos e encarei o visor.

Será que eu havia digitado o número errado?

Encerrei a ligação, sem me sentir culpada porque estava confusa demais. Verifiquei o número novamente, e liguei.

_ Clínica Psiquiátrica Priory. Como posso ajudar? - a mesma voz perguntou. Era de uma mulher, claramente, e era forte e firme, um pouco rouca, como se tivesse fumado demais a vida inteira. - Olá?

Limpei a garganta.

_ Hã, oi, bom dia - respondi.

_ Bom dia. Com quem eu falo?

Engoli em seco.

_ Hum, eu sou a Ana - falei, e acho que minha voz saiu com algo diferente que a fez se tornar mais gentil ao me responder.

_ Tudo bem, Ana. Eu sou Margareth, secretaria da clínica. Como posso te ajudar, querida?

Passei a mão pelo rosto e tirei o cabelo do caminho, não sabendo bem como falar.

_ Eu queria falar com a Mia - disparei.

Margareth pareceu hesitar, e então suspirar.

_ E essa Mia tem sobrenome? Ou talvez um cargo? Ela é enfermeira ou algo assim? Não lembro de ter uma Mia que trabalhe conosco.

Bem, eu não sei.

O que eu ia dizer? Então, encontrei esse número e o nome Mia no bolso da calça do meu marido, agora preciso saber quem é ela, mas não vou perguntar a ele porque se não ele vai achar que estou desconfiando de algo e mesmo que eu esteja mesmo ele nunca me deu motivos e pode se sentir ofendido.

_ É, realmente não temos nenhuma Mia que trabalhe conosco - a mulher continuou a dizer. - Talvez uma paciente?

Ana arregalou os olhos.

Uma paciente?

Não, claro que não.

Sinceramente ela nem sabia se era sobre Christian aquela tal de Mia. Não era a letra dele na folha, e era um papel para se jogar fora, nem tinha qualquer outra informação lá.

O que eu estava fazendo agora?

Me sentindo idiota demais, suspirei.

_ Olha, desculpa, eu acho que liguei errado. Tenha um bom dia - falei, e não esperei reposta, apenas encerrando a ligação.

Christian era perfeito, sempre foi, até em nossas brigas ele cedia, tentava me entender, nunca caía na rotina, me surpreendia com presentes e noites românticas, demonstrava me amar o tanto quanto dizia. Talvez fosse isso. A perfeição que ninguém tinha num casamento estava me afetando, e eu comecei a achar que tinha que ter algo errado.

Os 50 Tons de um AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora