Capítulo 12

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"Diga alguma coisa porque eu estou desistindo de você. Posso continuar sendo seu amor se você quiser, mas preciso que fale. E eu te seguirei para qualquer lugar. Diga alguma coisa. Eu estou me sentindo desconfortável, isso está tomando a minha mente. Eu vou desistir de você."



Não fiquei surpresa quando dei de cara com Elena Mason assim que desci do carro, ela estava aguardando em frente minha casa, e o carro dos meus pais já não estavam ali

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Não fiquei surpresa quando dei de cara com Elena Mason assim que desci do carro, ela estava aguardando em frente minha casa, e o carro dos meus pais já não estavam ali. Percebi tarde demais que eu deveria ter ido para casa deles, e não para minha, era onde eles me esperavam. E meu carro também estava estacionado no prédio que Hardware estava, eu teria que ir lá buscar, só não conseguia me sentir bem para dirigir ainda.

Eu não conseguia me sentir bem para na verdade, e muito menos para mais um discurso de Elena sobre como meu marido com certeza não me ama e que ele era apenas um doente psicopata e assassino.

Novidade: já entendi.

_ Ana – ela cumprimentou quando cheguei até a varanda.

Não respondi, apenas chegando até a porta e a abrindo.

_ Me ligaram do presídio, me disseram que voce foi visitar Christian Grey hoje – ela ditou.

Ri, sem humor.

_ Até no presídio as fofocas nessa cidade são rápidas – respondi de mal humor, entrando em casa.

Elena me seguiu mesmo sem convite.

Eu mal conseguia olhar para aquele lugar, parecia um verdadeiro show de horrores, até o sofá estava de cabeça para baixo e cortado.

Que porra alguém esconderia num sofá para eles acharem que precisavam fazer aquilo?

Sem ânimo e muito – muito – exausta, segui para a cozinha, onde o balcão e os bancos era de mármore, e não puderam ser atacados também.

Elena suspirou enquanto continuava me seguindo.

_ Querida, eu entendo que seja difícil – comentou. – Acredite, eu entendo mesmo. Esse é meu trabalho, voce não faz ideia do quanto já passei por isso. Homens da família, com filhos, netos... domingos na missa. É sempre difícil de acreditar, mas infelizmente é a verdade. E quanto mais cedo voce entender, mais cedo vai conseguir retomar sua vida – seu tom era gentil e enjoado, e eu não sabia que podia sentir vontade de vomitar só em ouvir alguém.

Elena se sentou ao meu lado, e colocou sua bolsa sobre o balcão, começando a pegar algo de dentro.

_ Eu sei que não quer falar, não quer conversar, e não quer saber de nada, mas tentar ignorar não vai fazer sumir. Achei que te dando um tempo poderia causar uma... bem, uma certa ajuda nisso. Poderia te fazer uma realidade. Mas pelo visto não, e foi perigoso o que fez hoje.

_ Ele nunca teria me machucado! – resmunguei sem conseguir evitar.

Ela sorriu daquele jeito compreensivo e penoso, que me fazia sentir vontade de arrancar meus olhos para nunca mais ter que vê-lo.

Os 50 Tons de um AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora