"De alguma forma, esse lado negro irá superar minha vida e minhas escolhas, porque já fiz isso antes."
Quando a sexta da outra semana chegou, quando nada mais foi encontrado, as coisas começaram a se acalmar na cidade. E então mais uma traição foi descoberta, a filha da Sra. Marie estava dormindo com um dos policiais, e foi um ótimo barraco, e todos já falavam mais sobre eles do que sobre as mortes.Menos meu pai.
Ele não iria deixar passar, e mesmo que todo mundo falasse sobre como o assassino provavelmente sequer estava mais em Sitka, ele insistia em não acreditar naquilo.
_ Nao, não acho que ele iria embora - meu pai falava.
Estávamos num jantar na casa dele e de minha mãe, Christian ao meu lado na mesa e eles havia convidado José e seus pais também. E além do meu pai ainda fissurado nas mortes, era José também, louco para ter uma matéria de verdade para falar.
_ Nao é assim que eles agem - Raymond continuou.
_ E como eles agem? - Christian questionou.
Estava sendo uma noite diferente, primeiro que minha mãe não estava mimando Christian a todo instante, perguntando a cada minuto se ele precisava de algo, e mais do que isso ela não havia sequer me criticado uma única vez, até elogiado meu vestido e meu cabelo, coisas que ela somente falava mal.
_ É muito fácil identificar porque são todos iguais, e uma das características é que eles não ficam longe de suas... conquistas. Se ele deixou os corpos todos em um só lugar é porque era como um altar para ele, seu baú de prêmios, ele não ficaria longe. E inclusive agora eu estou ainda mais alerta, e todos devemos ficar. A cidade acalmou e é agora que o perigo começa - papai falou. - Ele provavelmente está perdido, os corpos sendo encontrados com certeza mexeu com ele. E é questão de tempo até acontecer de novo... infelizmente.
_ E aí vamos provar como ele está aqui ainda, vai ser uma grande matéria, o jornal inteiro já está preparado, vai ser uma capa e tanto - José comentou do outro lado, e parecia animado. — Estamos fazendo um levantamento também, de todo mundo que morava aqui antes, na época das mortes, não é como se tivesse tanta gente para procurar, falei até com um amigo detetive lá de Nova York, ele é do FBI, vai entrar no sistema para procurar umas coisas.
Eu balancei a cabeça.
_ Vocês parecem até... ansiosos por isso - não consegui evitar não dizer.
Papai deu de ombros, enquanto José bebia mais vinho.
_ Só queremos pega-lo, e se infelizmente alguém tem que se machucar para isso, é melhor uma pessoa do que várias, e ainda deixar tantos crimes macabros impunes.
_ Parecem mais ansiosos para mostrar que estão certos do que para encontra-lo de fato - Christian falou, mirando José.
Eles não se davam muito bem, eu apostava que era ciumes. Christian cismava que José era apaixonado por mim, e aquilo até já virou uma discussão entre nós porque era um absurdo.
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Os 50 Tons de um Assassino
FanfictionAna e Christian eram um casal aparentemente perfeito, mas logo ela descobre que era só nas aparências mesmo.