CHRISTIAN
Estou andando do lado de fora da quitinete quando Jack me encontra, com o rosto contraído e pálido, o suor escorrendo do couro cabeludo. "É o José", ele diz, simplesmente, me entregando
seu telefone. Ele recua enquanto eu respondo."Que porra você quer?" Eu digo o mais friamente que posso. Meus olhos continuam voltados para a porta - o médico está lá agora. O que ele vai descobrir? Isso importa? Anastasia vai me deixar
chegar perto dela depois disso? Que porra eu fiz?"Qual é, cara, isso é jeito de cumprimentar um velho amigo?" A voz de José é solta e fria. Sempre tão legal. "Já está divertido pra você, Christian?"
"Vai se foder", eu fervi. "Isto não é um jogo."
"Sim, é. Acho que você nunca entendeu isso. Ainda me pergunto como diabos você acabou encarregado de qualquer coisa sozinho. Nunca foi a lâmpada mais brilhante."
"Você me quer? Venha me enfrentar como um homem."
"Eu não quero você. Eu quero ela." Uma longa pausa, suave como o vento por uma janela ou um carro em movimento. "Eu gosto dela."
"Você vai ficar bem longe dela ou eu vou te matar, José."
"Ela é inteligente. Inteligente demais para você. Tenho certeza de que ela já está cansada de você."
As palavras são tão verdadeiras, tão dolorosas e
precisas que engasgo com a minha respiração."Ahh", diz José, me lendo facilmente. "Então, ela de fato já está cansada de você?"
"Você não tem ideia no que está se metendo", digo a ele, minha voz fria como gelo. Corro para um canto e planto minha mão em uma janela com filme preto, olhando para o horizonte
montanhoso. Um céu negro paira sobre a floresta, a chuva caindo em cascata como se fosse varrer as colinas. "Você não está fazendo isso para algum chefe - isso é pessoal."A risada sai da voz de José. "Claro que é pessoal. Sempre será pessoal entre nós, Christian."
Cerrei meus dentes, meu coração batendo forte.
"Você sabe disso desde o dia em que fui embora", diz José sombriamente. "Nós poderíamos ter um império juntos. Eu queria isso. Eu queria vingança tanto quanto você. Mas no final das contas, eu não era bom o suficiente, era? Você me queria fora, não é?"
"Eu não queria você fora", eu digo a verdade. "Mas sim, você está certo - eu não queria que você dirigisse nada."
José está em silêncio. O gelo cresce em meus ossos.
"Você era imprudente", eu rosno. "Você estava fora de controle. Você precisava de alguém a quem obedecer."
"Eu não era a porra de um cachorro", ele cospe. "Eu era seu amigo. Seu irmão. Mas com tanta rapidez você se esqueceu disso - no momento em que colocou as mãos em volta do pescoço dele, em torno do poder, eu havia morrido para você."
"Você nunca esteve morto para mim."
"Não faça isso. Não banque o sentimental. É tarde demais para essa merda. E não combina com você, de qualquer maneira." José fica quieto por um longo momento. "Você quer se encontrar cara a cara? Você quer resolver isso, de homem pra homem? OK. Combinado."
Eu inalo profundamente. Ele não pode estar falando sério.
"Sem truques. Sem jogos. Só você e eu. Vamos lutar como sempre fomos feitos para lutar."
Meu coração está na minha garganta, mas eu nem mesmo hesito. "Combinado."
"Não, espera - se vou até você, se vamos realmente acabar com isso, eu quero uma coisa." A voz de José não tem mais aquele ar familiar de preguiça. É baixa, animalesca e gélida. "Eu quero que ela assista."
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Possessão
FanfictionChristian Poder. É um vício. Do tipo que surge de forma tão natural quanto o oxigênio. Entre ele e as pernas de uma bela dama em volta do meu pescoço, Eu não sei qual me deixaria mais duro. Não faz parte da minha reputação me "aquietar", Mas foda-s...