Possessive - Sasusaku

POSSESSIVE IV

SASUKE NARRANDO

Eu misturava os ovos com delicadeza junto de especiarias.

Eu nunca havia feito omelete. Na verdade, eu nunca nem cozinhei, porém estou confiante, essa receita não parece muito difícil.

Eu olhava pela oitava fez meu celular, para ter certeza de que eu não fazia nada errado.

- Olha quem acordou cedo. – Uma voz apareceu do nada, fazendo meu corpo inteiro retrair.

Olhei rapidamente para trás, Itachi acabara de acordar.

Suspirei fundo, apenas o ignorando e voltando a ver a receita.

Será que tem páprica em casa?

Andei até um dos armários para encontrar a bendita, sabendo que Itachi me encarava que nem uma águia.

Quando comecei a fuçar os temperos, Itachi voltou a abrir a boca:

- Vou finalmente conhecê-la? – Parei imediatamente com o pote de páprica na mão.

Fechei devagar as portas do armário e o olhei sério.

- Não chegue perto do meu quarto, Itachi. – Foram minhas únicas palavras para ele, enquanto eu me virava para os ovos cru.

Eu sentia seus olhos em mim e quando menos esperava, meu irmão soltou uma longa risada, que não causou nenhuma felicidade para mim.

Sakura está cansada após a festa, ou melhor, após a mim.

Não resisti e preferi levá-la para minha casa ao invés da de sua amiguinha, agora podemos ter um sábado tranquilo só nós dois.

Uma risada se estendeu pela cozinha, fazendo eu ter pensamentos homicidas.

E claro, Itachi para me atazanar.

- Céus, tenho dó da sua refém. – Ele disse, enquanto eu despejava o ovo em uma frigideira. – Será que Sakura está sofrendo de Síndrome de Estocolmo?

Revirei os olhos, ficando mais irritado com Itachi.

O maldito consegue ser inconveniente quando quer, que é maior parte do tempo.

Eu fazia meu primeiro omelete da vida, quando ele voltou a falar:

- Quando vi você a jogando que nem um saco de batatas no ombro, pensei em ir atrás de vocês, mas resolvi não enfrentar a sua ira.

Suspirei mais forte, para ver se ele se tocava, porém isso só aumentou suas risadas.

Ainda bem que o imbecil não nos seguiu, senão ele teria uma vista de como eu fodi Sakura contra meu banco de couro.

E claro, depois eu mataria o imbecil por ver Sakura nua.

Ninguém tem esse direito além de mim, ao menos que não queira viver por muito tempo.

- Pare de me encher, inferno. – Falei, virando o ovo sem desmanchar.

Caramba, talvez eu tenha talento para cozinha. Vou começar a fazer mais comidas para Sakura. Talvez se eu a arrastar todos os finais de semana para cá, posso fazer mais refeições para ela.

Comecei a forjar meu plano de como eu faria para enganar a sua mãe, quando Itachi voltou a falar:

- O que o fez ficar tão irritado aquela hora?

Isso fez memorias nada agradáveis virem na minha mente e novamente um pensamento homicida surgir.

Eu queria matá-lo, porra. Eu quero matá-lo.