Possessive - Sasusaku

POSSESSIVE X

SASUKE NARRANDO — SETE ANOS

Eu sempre me perguntei o porquê as igrejas são tão luxuosas.

Bem, talvez nem todas sejam, mas a de Konoha com certeza é.

Mamãe me falou que isso se chama igreja barroca, ela sempre gostou de arquitetura, não é por nada que ela desenhou nossa casa.

Eu tentei ajudá-la, mas quando mostrei meu desenho com nós quatro na frente da casinha, ela apenas sorriu e colocou na geladeira.

Talvez tenha ficado tão bom que ela apenas resolveu pendurar.

Itachi é um invejoso, falou que parecia uma caixa com palitos meu desenho.

Ele não sabe de nada. Mas mamãe sabe de tudo, ela sabe até o nome da igreja.

Olhei em volta do lugar gigante.

As pilastras que iam até o teto tinham desenhos entalhados e adornos dourado.

Isso é muito bonito.

Quando falei para mamãe, ela concordou. Eu acho que pode ser uma das coisas mais bonitas que já vi.

— Talvez você tenha talento para arquitetura, Sasuke. — Ela falou sorrindo, mexendo nos meus cabelos.

Se isso faz minha mãe sorrir, eu quero ser arquiteto.

Continuei olhando o local, maravilhado com o altar de madeira esculpida, os vitrais grandes e detalhados, os arcos e colunas bonitas.

As pessoas já começavam a se reunir para missa, porém ninguém chegava muito perto da nossa família, se sentando bem longe de nós.

Eu gosto disso, mas mamãe sempre reclama.

Uma vez escutei ela e papai discutindo, eles têm medo da gente, dizem que somos muito ricos e devemos ter feito acordo com o homem malvado.

Papai acha toda essa gente idiota, mas sabe que mamãe os ama, aliás ela nasceu aqui.

Itachi, mesmo sendo chato, apenas me manda ignorar e que isso não tem nada a ver. Acho que é verdade, porque aquele garoto loiro insiste em me perturbar e ser meu amigo.

Continuei a olhar as pessoas entrarem, mas mesmo assim ficarem apagadas.

Essa igreja é realmente muito luxuosa, nem mesmo as pessoas fazem a diferença.

Papai colocou a mão no meu ombro e apontou o banco, mostrando que já estava na hora de começar.

Eu nunca entendi muito bem esses negócios, papai e Itachi também não parecem entender muito. Mas mamãe gosta, então fazemos por ela.

Escutei a musiquinha começar e mais famílias se organizarem para se sentar.

Nenhuma se sentou do nosso lado.

Mamãe olhou em volta, esperando que alguém fosse se sentar ao nosso lado, mas eles não vieram.

Ela pareceu meio desanimada e papai com um rosto bravo.

Não gosto quando eles ficam assim.

A música, que toca toda missa, já estava chegando perto da parte que entra o padre, quando uma coisa pequeninha saiu correndo e se sentou na cadeira a nossa frente.

Mamãe arregalou os olhos e olhou para o ser.

Rapidamente a mãe da coisa chegou. Antes de se sentar, ela olhou em volta de toda igreja e era muito obvio o que ela fazia.

Mas mesmo assim, eu só conseguia olhar para aquele serzinho rosado.

Que fofinha, ela parece um algodão doce.