O Alec estava um pouco alcoolizado demais para dirigir, então tivemos que ligar para um dos motoristas do meu pai para nos levar de volta – como segredo, ele não podia contar aos senhores DeVitto de modo algum, senão com certeza o Alexander não teria cara para encarar o meu pai depois de saber que o seu funcionário de mais confiança havia pisado na bola pela primeira vez. Até porque, tudo que eles sabem é que fomos na sorveteria... Não como se eles se importassem muito comigo, é mais com a "imagem" da família.Apesar dele estar um pouquinho fora de si, rindo e sorrindo de coisas bobas, ele nunca faria algo que me colocasse em perigo. Estava atento à todo momento, observando os quatro cantos e enquanto passávamos pelas pessoas, ele sempre estava em posição de guarda-costas, me mantendo colado à ele como se eu fosse fugir dali.
Já eram por volta de uma e vinte da madrugada quando eu já estava no meu quarto de banho tomado. Se passaram duas horas... E eu não conseguia pregar os olhos de jeito algum.
– Eu odeio ter que lidar com isso... – murmurei com a cara no travesseiro.
Eu estava estressado por ter ficado ereto naquele pub. Não porque estava ali exatamente, mas porque fiquei duro com um apertão na coxa – sei que é uma área erógena do corpo mas só não sabia que seria tão fácil estimular com um simples apertão que nem foi na parte interna, onde arrepia qualquer um.
E como se já não fosse pior, eu sentia um desconforto por ainda não ter liberado.
– Não vou conseguir dormir, se não... – eu estava de bruços deitado em cima de um travesseiro; deslizei meus dedos pela cueca e comecei a esfrega-los ali suavemente...
Pressionei o travesseiro contra minha virilha, senti meu corpo estremecer e meus pensamentos me levarem para longe... Onde eu podia ter o Alexander. Onde o Alexander podia me ter.
Arfei baixo quando me dei conta do que podia fazer, inquieto ainda abraçado naquele travesseiro, movendo suavemente e continuamente o meu quadril apertando aquela espuma em minha ereção que visgava loucamente na cueca. Eu podia sentir o palmar quente da mão do Alec acariciar maliciosamente as minhas nádegas como se quisesse me acalmar, e com isso acabei deixando seu nome escapar da minha boca como súplica: "A-Alec..." e naquela fricção tão obscena, tão erótica, era como se seus dedos o segurasse e o masturbasse deliciosamente... Como se aqueles dedos longos e grossos estivessem brincando com a glande sensível do meu pênis, eu podia senti-lo deslizar os dedos tão sorrateiro pela extensão que pulsava, e descia mais e mais... E eu queria mais. Queria poder conseguir sentir mais. Mas não tinha nada. Não era ele, não tinha como ser.
Mas era tarde... O efeito acabou no momento em que gozei.
Senti como se minha puberdade tivesse chegado aos vinte.
– O que eu fiz...? – minha cabeça doeu, minha visão ficou turva, a mente pesou e eu me sentia tão sujo. "Era tão errado...? " Evitei responder para mim mesmo porque sabia que era, mas eu me recusava a acredita no absurdo.
Desejava, ansiava que aquele pensamento fosse real... Mas não poderia.
Levantei e fui cambaleando tomar um banho gelado, limpei o meu sêmen do travesseiro com lenços umidecidos e voltei a deitar na cama. Eu deixei aquele travesseiro de lado pois ainda podia sentir o cheiro, não queria ficar excitado outra vez, apenas me virei e forcei a dormir...
Dia seguinte, acordei quase uma da tarde; o que me deixou um pouco confuso, já que o Alexander sempre me acorda mas dessa vez ele sequer deixou um mensagem.
– Boa tarde, senhora. – acenei para a senhora Rosie, que veio até mim com um semblante de preocupação.
– Você está bem, querido? – ela avaliava meu rosto, verificando se eu estava bem de verdade, mesmo comigo acenando em resposta que sim repetidamente.
– Vamos, sente-se aqui para comer alguma coisa. – falava enquanto me guiava até a mesa de mármore branca, praticamente me pondo sentado naquela cadeira, empurrando para mim o típico sanduíche de queijo brie com presunto de parma e suco de laranja.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mais Que Um Guarda-Costas
RomanceNo começo era apenas apreciação a figura resiliente do Alec, de como ele queria a sua força, seu otimismo, seu carisma, seus músculos... Mas conforme o Matteo foi crescendo e se desenvolvendo, foi percebendo que esse calor no peito que se espalhava...