001 ≈ O início.

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– Matteo, você está liberado!

– Oba!!

Matteo Romero DeVitto, um garoto de família italiana; loiro de olhos castanhos quase que claros, com seus quinze anos de idade, um belo sorriso corado e lindas covinhas nas bochechas. Matteo saltitava feliz para fora da escola no caminho com seus amigos em direção a van escolar. Teo estava feliz. Ele não via a hora de chegar em casa para poder jogar a noite toda no seu videogame novo.

– Matteo, você pode tomar sorvete com a gente amanhã?! – uma garota com seus quatorze à quinzs anos de idade lhe mostrou um sorriso doce.

– Hm... Meus pais estão viajando como sempre, mas estou com uma amiga deles! Acho que se eu pedir muito para ela ligar pra eles, eles deixam. – ele levantou os polegares, em seguida subindo na van escolar.

– Os seus pais tem tanto dinheiro, por que não contratam um motorista particular só seu, Matteo? – o garoto levantou a voz nos bancos de trás da van.

– Bem... Eu não sei. – deu de ombros, sentando-se no banco em uma das filas ao lado da porta do veículo.
– Eles devem querer economizar para me dar um carro de presente! – falou se gabando.

– Ah, até parece! Desde que estuda aqui, seus pais nunca vieram te buscar! – o garoto ria, o que acabou fazendo todos ali caírem na risada pela provocação.

– Haha... Não tem graça, Ned!

O movimento havia ficado estranho de repente; eram por volta das seis e dez da noite quando a motorista da van fez uma parada forçada por ter sido encurralada por um carro preto; três homens encapuzados desceram do carro com ferramentas pesadas, o que deixou as crianças assustadas assim que dois deles invadiram o veículo depois de danificar a porta:

– Shh! Se fizerem silêncio, fica tudo bem. – um dos rapazes de preto acertou um taco de ferro na porta da van para que um de seus colegas pudessem subir.

– P-por favor, não façam nada com eles! – a motorista pedia de mão juntas, chorando em angústia pela situação ao vê-los em pânico.

– Ih, calma aí, dona... Fica tranquila que nada acontece, falô? Já são bem grandinhs pra esse drama todo. – com o taco de ferro ele empurrou a mulher para o banco ao lado sentando-se no banco do motorista, logo passando sua arma ao colega na parte de trás da van.

– N-não machuca a gente, por favor... – uma garotinha mais nova lá com seus dez anos, trêmula pelas circunstâncias, chorava desesperadamente para ter a atenção de algum deles.

– Nós vamos fazer um acordo, tudo bem? – o homem que carregava cordas nas mãos levantou a voz.
– A dona que dirige o veículo vai ligar para os papais de cada um de vocês. Vamos fazer um acordo para que possam voltar sãos e salvos para os seus papais. 

– Agora pra isso acontecer, nenhum de vocês vão abrir a boquinha. Tudo bem assim? – o outro apertava os cintos de segurança em todos, garantindo que nenhum deles iriam sair dos bancos.
– Vamos ver... Quem é esse? – ele perguntou para a motorista da van, arrastando o Matteo pelo braço.

– Matteo... – respondeu de cabeça baixa e punhos cerrados para baixo.

– Começaremos por você então. – com um aceno de cabeça para o homem que dirigia, ele levantou a voz novamente:
– Liga para os pais dele agora! Ele tem carinha de riquinho. – num tom baixo ele apertou o queixo do Matteo, acertando o rosto do menor com alguns tapas levemente violentos.

A mulher numa rapidez fez o que ele havia mandado; a sua voz cortada e trêmula atrapalhava a mensagem que os homens queriam passar, por isso um deles arrastou o celular da mão dela e tomou à frente do aviso:

Mais Que Um Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora