005 ≈ Compras no shopping

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Os dias estavam se passando devagar, a semana parecia que durava um mês por conta da energia pesada da presença dos senhores DeVitto, isso era incontestável. E justo quando eu evitava muito contato íntimo com o Teo pela formalidade em frente aos pais e toda aquela gente, ele acabou voltando com os pesadelos e crises de ansiedade no meio da noite com mais frequência; o Matteo estava menos disposto a sair do quarto, a casa vivia cheia de empregados e ele se sentia desconfortável no meio daquelas pessoas que o olhavam com indiferença. 

– Alec?

Hm? – me assustei assim que vi o Matteo de pé encostado no batente da porta que da para a cozinha dos funcionários da casa. Ele estava com um de seus pijamas de cor neutra de sempre, com os cabelos bagunçados e cara fechada.
Aconteceu alguma coisa? – baixo lhe perguntei.

O que está comendo?murmurou aproximando-se de mim, esfregando os olhos com os punhos fechados.

Estou comendo lámen. – sinalizo ao prato fundo na mesa.

Isso vai te deixar satisfeito? – ele se sentou ao meu lado naquela mesa de madeira, encostando o rosto no meu ombro.

Esse é o segundo. – sem mostrar os dentes eu sorri de boca cheia.

Hm... Parece bom...

– Não jantou de novo? Se quiser, posso lhe servir a comida do jantar. – lhe dou um leve empurrãozinho.
Tomou as vitaminas? – seguro o rosto do Teo na altura do meu verificando seu estado.
– Só não pode tomar os remédios sem comer nada.

Coloca um pouco na minha boca? – perguntou apoiando o queixo em meu braço esquerdo na mesa.

Isso não é nada saudável pra você–

– Um pouco não vai me matar... – ele acariciava o rosto em meu braço.

Okay... Vou pegar um hashi pra você–

Não precisa... Pega com o seu.

Achei que se importasse, se eu

– Põe um pouco na minha boca, tio Alec...

– Okay. – levei uma grande quantidade para a sua boca; o Teo lambeu bem os beiços saboreando o lámen como se fosse a primeira vez, segurou meu pulso, e inesperadamente chupou meus dedos que haviam sujado com o caldo vermelho da massa.

Está muito gostoso. – um sorriso pequeno é entregue a mim, ainda permanecendo seus olhos numa linha quase que fechados.
Não lembro a última vez que comi isso. – ele abraça o meu braço esquerdo, aconchegando-se em mim cono apoio.

Nostalgia?afago seus cabelos, ainda perplexo com o que acabou de acontecer.
Agora vamos dormir?

– "Vamos" ? – o biquinho discreto formado em seus lábios me tirou um sorriso assim que me levantei indo em direção a pia.

Você sobe e eu vou para o meu quarto. – senti minha espinha arrepiar quando o Teo abraçou minha cintura, e seu rosto acariciando minhas costas me deixava um pouco desconcertado.
Teo, eu já falei que–

– Que não podemos mostrar a intimidade que temos quando todos estiverem aqui. Já sei. – ele suspirou, me olhando de cara feia.
Não acho que tem problema, nos conhecemos bem.

– Você sabe bem que não é assim que funciona. Se sou funcionário, sou funcionário. Não se mistura profissional com pessoal. – dei de ombros.

Mais Que Um Guarda-CostasOnde histórias criam vida. Descubra agora