≈ | MatteoNo começo era apreciação a figura resiliente do Alec, de como eu queria a sua força, seu otimismo, seu carisma, seus músculos e conforme fui crescendo e me desenvolvendo, assim fui percebendo que esse calor no peito que se espalhava pelo resto do meu corpo como um formigamento um tanto quanto suspeito que erradiava por mim, era na verdade puro desejo indecente. Não sei se é por capricho e curiosidade, já que me tornei tão lascívo por conta dele — não como se ele tivesse me influenciado diretamente, não faria sentido, mas acabou me acendendo a chama da curiosidade que eu nunca tive antes.
– Teo...? Você precisa subir...
Escutei uma voz baixa enrouquecida resvalando a região da minha nuca e uma mão quente descansada em meu quadril me causar arrepios. Eu despertei desde o momento em que senti sua presença, mas fingi por mais alguns segundos só para desfrutar de seu toque tão cuidadoso sobre mim.
E é incrível! O único que permito o toque, independente do meu humor, e por isso, ele acabou se tornando um "freio" diante de todos os problemas desde então. Alguém com quem divido minha vida, que sabe dos meus gostos e desgostos, das minhas feridas, do tanto que eu tento melhorar e que talvez até me conheça mais do que eu.
O Alec é tão importante assim, que se eu estivesse sem ele, já teria enlouquecido.
– Hm? – meus olhos foram se abrindo gradualmente e eu confesso que fiquei levemente nervoso por dar de cara com o Alec no pós banho: ele usava um short básico de motelom cinza, um tênis preto e camiseta branca; seus cabelos estavam úmidos, seu corpo emanava um aroma diferente e confortável de laranja que invadia o meu sentido me fazendo sentir tão íntimo do momento.
– Que horas são? – franzi o cenho.– São quase cinco da manhã. Vou correr e treinar um pouco, então preciso que você vá para o seu quarto antes que seus pais despertem. – ele ergueu um sorriso educado.
– Você vai assim? – acabei deixando a curiosidade tomar conta e a pergunta escapou.
– Está calor para ir de casaco. – simplesmente deu de ombros.
– Posso... Ir com você?
Tudo bem... Eu sei que sou extremamente sedentário, nunca fiz nenhum exercício sério na vida e nunca faria, mas eu sentia que não poderia perder a oportunidade de vê-lo à vontade. Eu gosto de saber as coisas que ele gosta de fazer — digamos que acabou de virar o meu hobby, já que depois da faculdade nunca mais tive o que fazer o dia todo.
– Você? – debochou, rindo mesmo.
– Nem surgiu o sol ainda— na verdade, acho que está com febre, Teo. – sua mão encosta em meu pescoço, como se eu realmente estivesse doente.– Vou ir com você. – saí num pulo da cama e subi as escadas num flash; coloquei um conjunto cinza brega que nunca usei e um tênis preto como se eu fosse fazer exercícios de verdade, quando na verdade não sei nem se sei caminhar da forma certa, quanto mais correr acompanhando o meu guarda-costas que tem hábitos saudáveis desde que nasceu. Não somos muito compatíveis.
– Vamos. – caminhei tranquilamente na frente, querendo segurar a vontade que eu tinha de rir por ver cada expressão de seu rosto se tornarem tão confusas.Ultimamente me divirto com isso.
– Tudo bem. – aparentemente o Alec usa fones de ouvidos, mas abriu mão de usá-los.
Nós caminhamos até uma praça, até aí estava achando super fácil e me sentindo vencedor por conseguir andar por mais de cinco minutos sem reclamar, mas quando ele inventou de começar a correr sem aviso prévio para que eu me preparasse, o encanto acabou e eu senti vontade de esganar o Alexander.
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Mais Que Um Guarda-Costas
RomanceNo começo era apenas apreciação a figura resiliente do Alec, de como ele queria a sua força, seu otimismo, seu carisma, seus músculos... Mas conforme o Matteo foi crescendo e se desenvolvendo, foi percebendo que esse calor no peito que se espalhava...