18》SÀBIA

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A transformação foi mais perfeita do que podia imaginar, um lobo grande e cinza estava na minha frente, os olhos azuis de Henry mais brilhantes que o normal, meu instinto me madava fugir, correr, mas sabia que eu não seria atacado.
Henry, me encarava, a posição de ataque me fazendo recuar.

_ Henry, controle sua mente, lembrese de quem você é, você não e assim. Sou o Max eu sou amigo._ eu tentava acalmar o lobo a minha frente, fazê-lo intender quem ele é agora.

Henry não exitou, nem emitiu qualquer reação, ele simplesmente voou pra cima de mim, o salto saiu errado e ele caiu desequilibrado. Sabia que levaria algun tempo pra Henry se acostumar.
Me transformo em lobo, não quero ter que lutar contra Henry, mas eu tenho que me impor, fazer ele entender que faz parte de uma alcatéia agora, e que eu sou seu alfa.

Henry me encarava de pé de novo, dessa vez armo postura, rosno pra que ele não se aproxime. Rosno novamente pra que ele se submeta, assim vou saber que ele sabe o seu lugar.
Henry não se move, ele continua me encarando, se preparando. Mas quando ele avança, esquivo e o jogo no chão, o desequilíbrio do corpo novo o fazendo cair no chão. Subo em cima dele, e imponho minha força, Henry tenta lutar, mas o mordo no pescoço, não e grave, sua força está maior agora ele vai se regenerar rápido.

Num ato repentino, Henry para, me encara e abaixa o fucinho, ele havia entendido, sai de cima dele e voltei devagar a minha forma humana, tentando transmitir a ele como fazer isso de novo.
Ele se senta sobre as patas, me encarando, depois se abaixa até deitar no chão, e fecha os olhos.
Sua respiração foi desacelerando, er perceptível o nervosismo em que ele ficou, conforme ele ia se acalmando seu corpo voltava ao normal, o pelo diminuindo, e revelando o corpo nu do meu primetido, minha alma gêmea.

_ Max... Max..._ Henry quando voltou ao normal, estava chorando, ele estava desesperado, e soluçava enquanto via o corpo do seu amigo, jogado ali na noite fria, junto dos outros corpos, do pessoal que era sua família, que queria matar Henry e Max, e mesmo assim ele o protegeu.
Drew será lembrado pelo seu sacrifio em nome dos lobos, por mais que ele tenha surtado no final, ele o fez pra proteger Henry, e isso é um ato valorozo que deve ser respeitado.

Corro até Henry que chorava ao chão, o abraço enquanto ele derramava mais lagrimas.

Tento acalma-lo, mas Henry não parava, eu o peguei no colo e o levei pra dentro de casa, subi as escadas até o segundo andar, onde não estava destruído pela explosão de outrora. Fui pro quarto de hospedes que parecia intacto comparado aos outros da casa.
Coloco Henry deitado na cama, ele parecia estar em um transe distante, pois estava calmo, reflexivo. Abraço seu corpo pra que ele sinta que estou ali, que se acalme um pouco.

Quando uma presença me chama atenção, tinha algo na parte de baixo, e fazia meu instinto entrar em alerta.
Deixo Henry deitado na cama, saio do quarto e tranco a porta. Sigo calmamente o corredor até a escada. Tento olhar pra baixo, mas não vejo ninguém. Me transformo em lobo, a audição não capitava nada e não havia cheiro no ar, mas o instinto não parava de alerta, tinha algo ali.

Desço as escadas devagar, pondo cada pata calmamente nos degrais a minha frente. Quando uma mulher surge em meio a sala, era nova vestia uma roupa de mercado e me encarava sem emitir medo algum. Salto da escada parando de frente a garota que não emite uma reação se quer de medo ou pavor.

_ olá max._ a jovem fala._ as coisas aqui não ficaram boa pelo oque parece, mas fique tranquilo, o pior já passou._ ela sorri, e anda pra parte de trás da casa, antes para no lugar onde deveria estar a porta, que a explosão e o fogo destruíram. _ você não vem? Tem muito oque fazer!.

Ela diz isso sem me encarar e sai rumo ao lago, sigo ela, em passos curtos mantendo a distância dela. O instinto me dizia que ela era portadora daquela presença, mas agora ela não emitia medo, e sim curiosidade.

_ você deve estar se perguntando quem sou eu né?_ ela me olha, como se esperasse eu falar._ vocês lupus não falam né, minha bisavó falava muito de vocês, os filhos de Luna, homens e mulheres capazes de virar um lobo. Animais ferozes de tamanho e força surpreendente. _ ela dizia tudo calmo enquanto observava a lua refletir o brilho da lua cheia. Os corpos jogados ao chão já eram devorados por corvos e outros seres.

_ Confesso que Elke não explicava tudo muito direito, com aquelas frases sempre faltando algo, isso sempre me incomodou nas mulheres sábias_ essa última parte ela diz se virando pra mim com um sorriso no rosto. Elke ao dizer esse nome lembro da senhora que eu nem dei tanta atenção, e que deu a vida em prol de nós ajudar a entender quem éramos.
_ sim Max, eu sou uma sábia, eu esperei por você, por vocês. Não podia interferir em nada apesar de estar no olho do furacão tanto quanto você. E um codigo de bruxas velhas sabe, nós não interferimos no curso da natureza.

_ que tal voltar a forma humana, temos um local sagrado pra limpar.

E sem dizer mais nada, ela começou a pegar os corpos dos homens lobos e puxar cada pedaço e membro pra dentro do lago.
Eu fiz tudo isso em forma de lobo, sem confiar plenamente nela. Joguei a cabeça do tio de Drew na água, me virei pra onde seu corpo estáva, a garota estava puxando o corpo de Megan que estava em forma de lobo ainda pra dentro do lago, com certa dificuldade, eu me juntei a ela e conseguimos jogar o corpo da loba dentro da água, quando ia pegar o de Drew, fui interrompido uma mão estava em mim, me fazendo carinho.

Me viro e era a garota, que não esboçava receio nenhum de estar me encostando.

_ esse não, ele e um amigo, foi leal e honrrosos, esse a gente guarda na memória pra que seja lembrado até depois do tempo.

Posso Jogalo na suas costa, preciso trasporta-lo daqui, então sem avisar ela pega o corpo grande de Drew e põe nas minhas costas.
Ela segue rumo a floresta, e antes da trilha que leva pro interior negro que fazia entre aquelas árvores, ela para. Puxa o corpo e o põe deitado na grama.

_ está quase na hora, o relógio batera meia-noite logo logo. Max, vou pedir algo e peço que siga a risca. Preciso que busque Henry e o traga pra cá. Mas antes, quero que dê essa bebida pra ele._ ela me entrega um vidrinho com um líquido meio azulado.
_ faça ele tomar tudo!.

Pego o frasco da sua mão com meu focinho, me viro pra casa e corro rumo ao quarto que deixei henry.

Chegando lá, Henry estava do mesmo jeito que o deixei, parado, distante, pego o vidrinho da poção após voltar ao corpo humano, tiro a tampinha feita de galho de pinheiro e cheiro o frasco. Havia muitos aromas, que fez meu olfato doer e depois arder. Apesar de não saber quem era a garota eu confiei nela e dei o líquido pra Henry, que ainda estava parado. Vejo ela aos poucos amolecer, até apagar completamente. Meu instinto surge, mandando eu pegar Henry e levá-lo até o lago, onde a sábia estava.
Antes vou até o sótão e ponho uma calça, depois volto ao quarto, pondo Henry adormecido nas costas e levando ele pro lago.

A garota estava parada, mas agora usava uma saia preta que seguia até seu tornozelo, os pés estavam descalços no chão cheio de lama e sangue da batalha de horas atrás, não usava nada na parte superior, mantendo seus seios de fora, aquilo me deixou sem jeito, mas procuro não transparecer, já que a nudez e um detalhe dentro da natureza.

Depósito Henry ao chão, a mulher me olha por um tempo e depois sorri.

_ tem uma força que você gostara de conhecer.

SE NÃO FOSSE A LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora