7》O LOBO

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    _ Descobrindo, não tem muito oque fazer na cidade, e com tantas especulações sobre um monstro rodando a cidade matando todo mundo, e fácil desconfiar de coisas estranhas, mas, oque impressiona mesmo. E que foi você que se entregou_ digo ainda encarando ele, a última parte fazedno ele arquear as sobrancelhas e se afastar.

_ como?_ ele pergunta.

_ no dia que eu fui te ajudar, você correu e eu fui atrás eu vi você virando aquilo e indo pra floresta. Depois foi só juntar as peças certas pra ter certeza, o resto você trouxe a mim hoje, quando invadiu minha casa e quase tentou me matar_ digo parado no lugar ainda o encarando. Tenho sensação que se der um deslize ele foge, ou voz no meu cangote.

_ não era minha intenção te matar, só quis sair da sua mira, você está fedendo a medo uma arma na minha direção, você poderia dispara ela sem querer. E se isso acontece se, ai sim eu iria te matar_ ele diz, levantando, dando a volta em mim e indo pra sala.
  Vou atrás dele vendo ele sentar no sofá e por a perna que foi baleada esticada sobre o mesmo.

_ mas oque você é?_ pergunto no canto da sala.

_ certeza que não sabe?_ ele diz.
Nego com a cabeça._ pensa, junta as peças. Ferido por prata, atua em lua cheia, se tranforma em animal..._ ele diz dando tempo pra pensar, arregalo meus olhos  quendo tudo faz sentido.

_ NÃO... é impossível, isso é conto de fadas_ ele nega com a cabeça_ mas como? _ digo mas pra mim. Ainda sim ele escuta.

_como não sei, só sei que minha família toda era assim, nos éramos um bando, até... enfim deixa pra la_ ele diz ficando um pouco chateado.
Sento no sofá a sua frente, ele com aquele olhar, de quem vai me devorar a qualquer momento.

_ você mora onde?_ pergunto a ele. O vejo abaixar a cabeça, depos levanta e responder

_ no mundo, o mundo é minha casa, como oque eu caço, e durmo na floresta, onde posso ser eu sem ser morto. Mas isso não é da sua conta não é_ ele diz serrando os olhos e olhando depois pra porta de entrada.

_ vou embora, tô tempo de mais aqui._ ele diz se levantando.

_NÃO!_ digo tão rápido, quanto podia me segurar.
Ele me encara sem entender e se senta, pedindo um explicação pela cara que deu.

_bom... bom...eh, a casa é grande de mais, e como você está ferido, e por minha culpa, pode ficar aqui como forma de desculpa, se quiser ir, vai amanhã_ digo sem jeito olhando pra ele.  Ele parece pensar na proposta, mas depois se vira pra mim, dando um sorriso de vibora.

_ okay, vou ficar por que você tem razão, a culpa foi sua. Mas vou ficar no meu quarto. Quer dizer... no seu sótão. E não é pra você contar pra ninguém que estou aqui, muito menos oque sou_ ele diz. E que desgraçado convencido.

_okay, não ia falar mesmo, fora que não ia querer a cidade toda, com tochas, garfos e forca na minha porta, gritando furiosamente pra te matar._ digo sorrindo.

Ele faz um sinal pra mim se aproximar dele, confirmo e vou cautelomente. Quando chego perto dele ele olha bem nos meus olhos e diz_ você promete manter meu segredo mesmo que isso custe sua vida?_ ele pergunta sério.
Oque, depois de tudo ele desconfia de mim, e ainda pede pra jurar sobre minha vida, que filho da mãe.

_ eu juro!_ digo, como se não fizesse efeito._  AIII_ Grito com a dor no braço, ele havia me cortado com a unha. Olho pro seu dedo e ele segura uma gota de sangue minha na ponta do mesmo. Ele faz um corte no braço dele no mesmo lugar, e põe a gota em cima. O braço cicatriza na hora com a gota dentro.

_ Oque e isto? Ficou maluco?_ pergunto vendo meu corte secar mais rápido que o normal e ficar um filete vermelho, como se fosse parte do corpo.

_ isso foi um tratado de sangue. Como você prometeu guardar meu segredo, você se transformou num guardião. meu guardião, se por acaso você revelar a alguém meu segredo, você morre, e se alguém me matar sobre sua guarda. Você... morre também._ ele diz se divertindo com tudo.

     Que filho da put*. Agora tenho que ser baba de marmanjo? desgraçado do carai.

_ você é a pior desgraça que aconteceu na minha vida, e se pudesse eu dava um tiro em você de novo_ falo, e ele fica rindo da minha reação_ e não ia errar o pinto_ termino, vendo ele arregalar os olhos e engolir seco.

  Deixo ele lá, sentado no sofá, e vou pro meu quarto, pego uma muda de roupa e tomo um banho pra relaxar. Sento na banheira, sentido a água quente me relaxar. Rezo a uma força invisível pedindo pra água levar tudo oque sinto, e o peso que minha cabeça tá, por saber tanta coisa é não processar nada. Em 1 semana morando aqui, eu já vivi tanto, que não sei se aguento uma vida. Olho a marca no meu braço, passo água por cima, pra se sai. Mas a mancha continua ali, guardião, aquele desgraçado e bem esperto. Mas ele se prendeu no pior demônio que existe. Pois eu vou fazer da proteção dele um inferno.

    Desco as escadas e ele continua lá deitado no sofá, a perna que antes foi atingida, já quase curada, apenas uma mancha redonda no local, ele está de olho fechado, mas duvido que já não saiba que eu estou aqui. Desco os degrais e paro na sua frente.

_ se vai ficar aqui, vai ficar limpo, e não é por que eu tô amarrado em você até amanhã que eu vou facilitar não. Então pode levantar, e ir tomar banho. Vou preparar algo pra comer, você deve estar com fome_ termino de falar e ouço sua barriga roncar alto, e aquilo não era um estômago, era uma fera na barriga.

_ até amanhã?_ ele diz.

_ sim até amanhã, amanhã você vai acorda, desfazer o trato e ir embora_ digo, cruzando os braços.

_impossivel, o trato é inquebrável. A não ser pela morte. Se eu não morrer você vive, se você morrer eu ainda vivo._ ele diz simplesmente.

_OQUE? VOCÊ FEZ A PORRA DE UM CONTRATO INQUEBRAVEL COMIGO? SEM ME AVISAR ANTES_ digo irritado.

_ sim, você descobriu meu segredo, isso já é um tratado inconsciente, eu dependeria de seu silêncio, então, enquanto você exitir sabendo do meu segredo, eu ficarei tranquilo  por que se contar, nos dois morrermos_ diz a última parte sorrindo diabolicamente.
_ e eu não vou tomar banho. Estou limpo.

  Olho indignado pra ele, esse desgraçado. Saio bufando e batendo o pé, em sentido a cozinha. Olho pra uma panela e tenho um plano.

_ não quer tomar banho neah_ digo sorrindo maliciosamente.

Chego de fininho atrás dele, que está distraído no sofá, seguro a panela com todo cuidado. E quando estou perto dele, despejo o líquido em cima de si.

_ MAS QUE POHA E ESSA_ ele grita se levantando e se virando pra mim.
Eu seguro um riso, devido a cara de ódio dele.

_ eu falei pra tomar banho, e você vai tomar banho. Se quer ficar na minha casa, vai ser nas minhas regras_ digo pondo a mão na cintura.

_que irritante você é, mas vamos ver se gosta de tomar do seu próprio veneno._ ele diz, vindo na minha direção. Vou chegando pra trás, até sentir a parede do meu atrás de mim. Me protejo pensando que ele fará algo comigo. Mas ele me pega, e me suspende.
Abro os olhos e ele está me levando pela casa, em sentido a porta de traz.
Ele abre e sai.

_ oque está fazendo?_ ele não me responde_ me bota no chão agora, oque pensa que está tá fazendo?_ pergunto de novo sem resposta, começo a me debater no seus braços, ele aperta minha Cintura pra não me soltar.

Ele começa a correr, ele está indo em sentido ao lago, ele corre mais rápido, parece que nem peso nada, ele faz como se fosse a coisa mais fácil do mundo. Ele corre, e então para. Me tira dos ombros me segurando na forma de noiva.

_ Não, não, não, por favor não faça isso, não,  NAAAOO_ digo, tentando me segurar nele, mas sou arremessado bem no meio do lago, como se não passasse nada. DESGRAÇADO DE LOBISMEN

nado até a borda enquanto ele se mija de rir, em pé lá. Estou irritado e da pra ver, porque ele me olha e rir mais ainda. Quer brincar então, vamos brincar.

_ da pra me ajudar a levantar, seu ogro estúpido sem sentimento._ digo pra ele irritado, esticando o braço.

Ele confirma, pegando, mas antes que ele pudesse me puxar, eu jogo ele dentro D'água. Caindo na gargalhada, quando ele levanta com a cara mais emburrada que antes.

SE NÃO FOSSE A LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora