Capítulo sete

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Notas da Autora!

Perdoem o meu sumiço :)
Talvez eu suma de novo, mas prometo tentar voltar logo logo! Espero que tenham uma boa leitura. E obrigada a todos que estão acompanhando a fanfic.




Estou parada no centro de sua sala. Meus olhos são ágeis, explorando cada canto do ambiente. Não há muitas cores em sua casa, os móveis são brancos, pretos e cinza. Minimalista. Em sua sala, há apenas um sofá, duas poltronas e uma televisão. Não há quadros e nem objetos. No canto, perto da janela, percebo dois instrumentos, uma guitarra e uma bateria. Às vezes eu o escuto tocar, e por sinal, ele toca muito, muito bem.

Estamos avançando o corredor, e minhas pernas estão tremendo. Não sei o que estou fazendo aqui e não tenho noção do que me aguarda. Vinnie suspira e está parado em frente a uma porta, que parece ser um porão. Meu coração dispara e ele abre a porta, se afastando, me dando passagem. Eu olho nos olhos dele, mas ele não me olha. Seu olhar está fixo em suas botas.

Um passo e estou descendo os degraus. A madeira rangeu com o meu peso e estou cada vez mais nervosa. O barulho da porta batendo me assusta e tenho que me segurar para não dar um grito.

Vinnie está quieto, muito quieto. O que se torna um pouco suspeito vindo dele.

Estou no porão, não consigo ver nada, já que o local está completamente escuro. Sinto uma respiração em minha nuca, e prendo a minha respiração. Minha mente está repetindo "corra, corra enquanto há tempo" mas eu sou teimosa e a minha curiosidade fala mais alto do que meus pensamentos.

Grito.

Grito no momento em que as luzes se acendem. O local é bem espaçoso, há mais coisas aqui do que em sua sala. No canto, há uma espécie de bar, de frente, algumas poltronas espalhadas e uma enorme televisão. Há armários, prateleiras expondo algumas medalhas e alguns troféus. Aparentemente parece ser um porão comum de um jovem. Mas não foi isso o que me assustou e sim uma prateleira com uma quantidade grande de armas. Armas de todos os tipos e tamanhos.

Vinnie Hacker não quer me ajudar, ele quer me matar, penso. Qual outro motivo para ele me trazer até aqui? Quer acabar com a minha vida, me trouxe até o seu porão para ninguém escutar os meus gritos enquanto peço socorro.

Ele ainda não disse nenhuma palavra, e nem está me olhando. Mas eu o observo. Estou observando cada feição de seu rosto, tentando de alguma maneira, o decifrar.

-Você vai me matar? - Uma pergunta estúpida para fazer ao seu assassino, Evie.

Estou nervosa demais, minha respiração está fraca, não sinto meus joelhos e quero me ajoelhar. E talvez implorar por misericórdia, porque não consigo compreender o que fiz. Mas então eu vejo. Uma foto do meu pai, colada na parede.

Meu pai deve ter mandado Vinnie me matar. Provavelmente com medo de eu o denunciar. Mas não faz sentido. Eu nunca o denunciei, por que faria isso logo agora? E nem deveria ter medo, já que sabe que ninguém nunca acreditaria em mim.

-Foi o meu pai, não foi? Ele que mandou você me matar. - Vinnie levantou a sua cabeça e está me encarando, sem dizer uma palavra. - Me responda, Hacker!

-Por que acha que vou te matar? - Ele diz suave e está com um sorrisinho estampado em seus lábios.

Não tenho oportunidade de responder sua pergunta, pois a porta se abre e é Jordan, um de seus amigos, quem aparece, acompanhado de mais dois.

-E aí, morena. - Ele diz, e vem em minha direção, mas eu me afasto dele. - Qual é? Eu só quero te cumprimentar. - Ele está sorrindo, mas seu sorriso desaparece assim que encara o hematoma que está no meu rosto. Eu desvio o olhar, e tento cobrir o meu olho com uma mecha de cabelo. Estou parecendo a minha mãe. - O que aconteceu com você? Quem é que fez isso?

O perigo mora ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora