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——Jade Thompson——

Estávamos parados em frente a uma praia, não havia ninguém à vista, apenas eu e Rafe.

- Então, esse é o seu lugar secreto?

- Sim, gostou?

- Sim, mas seria mais legal se eu não pensasse que você já trouxe todas as suas ficantes aqui.

- Você é a primeira... Eu costumo vir aqui quando quero fugir dos meus problemas. Quando eu era pequeno, minha mãe me trazia aqui em todos os meus aniversários. Eram momentos só nossos. Mas quando ela se foi, eu nunca mais vim aqui, voltei a vir nestes últimos meses.

- Sinto falta dela, Rafe. Vocês tinham uma conexão incrível... Quando eu tinha uns seis anos, lembro de vê-la brincando com você, te ajudando nos deveres de casa ou apenas estando presente nos momentos mais bobos. Eu via aquilo e desejava ter uma mãe assim.

- Acho que nós somos o oposto. Eu sempre via seu pai brincando e cuidando de você como uma princesinha, a garotinha dele. Eu desejava tanto ter momentos como aqueles com meu pai...

- Acho que seu pai e minha mãe têm os mesmos problemas. Eles nos amam, mas estão tão fissurados em cuidar das empresas que esquecem de exercerem os papéis como pais.

- Mas vamos esquecer disso, viemos aqui para nos distrairmos.

- Sim, bom, vamos fazer um jogo?

- Que jogo?

- Eu e a Sarah sempre jogamos. Se chama Verdade. É como um "verdade ou desafio", só que apenas falamos verdades.

- Tá bom, então eu começo... Você já transou com o Jj?

- Sim...

- Quando? — Rafe fala, travando o maxilar.

- Foram algumas vezes. Nós ficávamos até pouco tempo atrás, mas aí eu comecei a ficar com você, e decidimos parar.

- Não há mais sentimentos ou uma tensão?

- Não... Mas agora é a minha vez. Com quantas garotas de Outer Banks você já transou?

- Eu tenho que saber quantas?

- Sim, eu sei que você sabe, Rafe. Pode falar.

- Eu não sei, por que ficaria contando com quantas garotas eu já transei?

- Então foram muitas, não é? Para não saber quantas.

- Isso foi meu passado, Jade. Vamos focar no presente, tá bom?

- Tá bom, Rafe. — Falo me afastando dele. — Vamos logo embora. Tenho que falar com os meninos.

O caminho até o castelo foi marcado por um silêncio opressivo, com o rádio sendo a única fonte de som no carro.

- Você vai descer? — Pergunto assim que estacionamos o carro.

- Acho que não, podemos conversar?

Look after you- rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora