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Sejam bem-vindas, queridas leitoras e leitores. É um imenso prazer compartilhar essa história com vocês mesmo muito insegura.

Pensei em postá-la quando tivesse 100% pronta, mas bateu o bloqueio e escrevi até metade. Vim postar para ver se vcs irão gostar. Ai quem sabe, eu me animo e volto a escrevê-la.

Essa é uma short-fic. Idealizei entre 10-12 capítulos apenas.

É uma história sobre amor a primeira vista. Mas juro que vale a pena conhecer.

Dito isto, ladies, tenham uma boa leitura.

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Londres, 1870.

Não se falava de outra coisa na espetacular cidade inglesa.

Há cerca de meia década que espera-se -ansiosamente- pelo retorno dele.

Lorenzo St John. O cobiçado duque de Livingston estava enfim de volta.

Após  cinco anos, Lorenzo decidiu que era hora de voltar para casa.  Não podia fugir para sempre, esconder-se, se privar das lembranças, das três décadas vividas na residência oficial da família. Em algum momento seria convocado a voltar e esse dia chegou. Teria que casar-se de novo e  voltar a direção da câmara  dos lordes.

Em nada adiantava buscar outro esconderijo, aonde fosse, ele sempre carregaria consigo, no lado esquerdo do peito, todos os momentos incríveis e toda dor que Londres lhe causara, porque o problema não estava na cidade, estava nele.

Viúvo há cinco anos, o  duque perdera seu grande amor de forma pesarosa. A duquesa, lady Sarah, partira após ser acometida pela maldita tuberculose. Doença infectocontagiosa que já havia ceifado muitas vidas.
Foram semanas angustiantes que passara ao lado dela,  até que a doença arrancou-lhe prematuramente dos  seus  braços. O casal só tinha um ano de casamento, ainda vivia abrasados  pela chama intensa da paixão. Tinham carência e sede um do outro. Viviam o auge do desejo, da fome, do amor  avassalador, quando ela se foi, carregando consigo uma parte dele, principalmente sua vontade de continuar a viver no mundo sem ela. Desde então, Enzo fechou-se no seu mundo cinza, invernal e amargo. Ora encontrava migalhas de prazer nos deleites da carne. Ora era vazio e infeliz de novo.  Ele desistira de viver sem ela, apenas existia e resmungava. 

— Já havia me esquecido do porquê não queria voltar para casa. Viagens são sempre exaustivas. — ele respirou fundo e afundou a coluna no estofado de couro e veludo do coche, com ornamentos de madeira laqueada, compartimentos para copos de cristal e vinho.

Nas janelas havia cortinas com franjas de seda cobrindo-as. O interior do veículo era luxuoso, tanto quanto seu exterior. O coche por onde passava  atraia olhares. Era o veículo oficial da família St John. Cuja a  força era de seis cavalos. Uma opulência para época.  Veículos dessa magnitude  eram  projetados como símbolo de poder e prestígio e serviam maravilhosamente  bem para encurtar viagens. Nas laterais havia o brasão da família: um trio de águias sobre o escudo vermelho e dourado.

A escolhida do Duque (Bonenzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora