Sete

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—Desgraçado!— ele bradou com sangue nos olhos

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—Desgraçado!— ele bradou com sangue nos olhos.

— Vamos. Apareça seu patife maldito. — esbravejava o duque,  ao pé da escada da sala principal da casa do conde.

Lorenzo estava alterado  a ponto do seu rosto ficar vermelho como um pimentão e a veia que pulsava no pescoço, inchar,  prestes a explodir.

— Desça agora, Giuseppe. Ou eu mesmo vou subir até você e o farei rolar degraus abaixo.— ele andava de um lado a outro como uma fera faminta.

Enzo estava borbulhando como um caldeirão ardente, desde que tivera que interromper seu passeio com com Bonnie para tirar satisfações com o maldito conde.

Onde já se vira em meio a tantas jovens loucas para herdarem o título de condessa, o velho desgraçado escolher logo a sua futura esposa? Era inadmissível aceitar tamanho afronte.

O duque estava disposto a tudo para proteger  Bonnie. Se necessário  fosse, resolveria aquela questão como seus antepassados costumavam resolver seus dilemas. Ele duelaria com o pai do melhor amigo por amor a Bonnie, sem remorso algum.

Por ela, Enzo desafiaria até o diabo no inferno.

— O que diabos está acontecendo? Por que está gritando feito um desvairado, Lorenzo? — o velho homem, pelo qual Enzo nunca tivera admiração ou qualquer tipo de simpatia, desceu os degraus plenamente. 

Como ele conseguia manter-se tranquilo sendo que havia vendido sua alma ao diabo, ao fazer aquele arranjo de casamento com uma mulher com idade para ser sua neta?

Canalha desgraçado. Amaldiçoou Enzo em pensamento .

— Anda rapaz, me diga. Exijo saber o que diabos está acontecendo para armar essa patifaria na sala da minha casa.

Assim que o conde pisou o pé fora do último degrau da escada Enzo  avançou nele como um predador

— Desgraçado. Infeliz! — segurou no colarinho da camisa do mais velho  com força e ódio no olhar. O sangue que pulsava nas veias borbulhava a ponto dele sentir-se prestes a eclodir. O duque fincou os dedos no pescoço magro do conde e pressionou até os olhos do velho se arregalarem e a língua sair para fora. Por muito pouco não o matou enforcado.

Na verdade não fez por consideração ao amigo de longa data.

Mais consciente, Enzo afrouxou o aperto, mas não abandonou  o pescoço do mais velho.

— O que...o que e-está f-fazendo? — o conde falou com respiração arquejada e boca seca.

— Não vai  se casar com ela. Tá ouvindo? Não irá se casar com a Bonnie nem que eu tenha que matá-lo para isso. — disse entre os dentes cerrados, exercendo ávida  força nos dedos que maltratavam  Giuseppe.

— E-eu…não respiro.— bateu nos antebraços do duque  desesperado para tragar algumas lufadas de oxigênio.

Percebendo que mais alguns segundos pressionando o Salvatore, Enzo o mataria, ele  o lançou contra o corrimão da escada.

A escolhida do Duque (Bonenzo)Onde histórias criam vida. Descubra agora