Viagem Roubada

Capítulo 7

Alice.

-Tomar um ar me fez bem, sabe?!

-Vem cá. - Ele me puxou e me beijou violentamente. O fogo que consumia nosso corpo havia voltado imediatamente, mordi seu lábio inferior e me afastei dele o deixando sem reação.

-Mais tarde a gente termina isso, vai curtir sua festa anfitrião. - Eu disse me afastando com um sorriso sacana e ele me deu um tapa na bunda.
Entrei de volta para o salão, fui direto para o banheiro me ajeitar depois do que acabou de acontecer.

O QUE ACABOU DE ACONTECER ALICE???

Me olhava no espelho e minha mente ficava repassando tudo o que aconteceu naquela varanda, até uns dias eu não conseguia pensar em nenhum homem e agora eu deixei um me masturbar no meio de uma festa! Me recompus e voltei pra fora, não vi Antônio por perto e então fui me juntar a Gabriela pra jogar um pouco.

Eu estava em pé falando com os cavalheiros o quão boa eu era no poker, estávamos esperando o carteador quando eu sinto alguém atrás de mim.

Claro que era ele!

Antônio colou seu corpo ao meu me pressionando contra a mesa de poker me causando uma descarga elétrica interna que percorria cada centímetro do meu corpo. Senti seu corpo quente e quando eu menos esperava uma de suas mãos afastou meu cabelo do ombro, então ele colou sua boca em minha orelha e sussurrou para que só eu escutasse "o que vamos apostar ma fille?"
(Ma fille - Minha garota)

Soltei um gemido baixinho e ele saiu de trás de mim com um sorriso sacana.
Ele deu a volta e sentou de frente pra mim.

-Vamos começar ? - O carteador falava olhando para Antônio e pra mim.

Estava tudo indo muito bem, Antônio era muito competitivo e não sabia perder pra mim! Eu era boa e ele não estava acreditando nisso.
Havia um homem ao lado dele, Albert, seu nome. Ele estava perguntando para Antônio se eu era sua namorada e ele apenas sorriu para o homem. Deveria ser algum parente que não o vê faz tempo..

Gabriela estava na ponta da mesa, havia alguns homens entre a gente, o jogo estava indo muito bem até que ouvimos uma gritaria vindo da porta do cassino.

Antônio.

Vi Alice indo em direção ao banheiro do salão, eu estava paralisado vendo ela andar e sem saber como isso aconteceu. Claro que eu a desejava em minha cama mas não esperava que isso fosse acontecer assim, aqui no meio da festa.

Foi tão intenso, perigoso e feroz!

Fui pegar uma dose no bar e Albert me chamou para jogar uma partida de poker. Chegando na mesa que iríamos jogar lá estava ela, Alice iria jogar na mesma mesa que a gente. Não resisti e pela impulsividade eu colei meu corpo ao seu e sussurrei em seu ouvido.

Ela estremeceu toda mas logo sai de trás dela porque eu não aguentaria não beijar ela ali na frente de todos, sentei na frente dela para olhar para aqueles olhos esverdeados.

Albert me perguntou se ela era minha namorada e eu apenas ri, não consegui responder pois o carteador havia chego para começarmos.

Puta merda! Ela era boa! Ela era muito boa, estava ganhando de todos na mesa.

Estava tudo indo muito bem até que olhei uma movimentação estranha vindo da porta do cassino, troquei olhares com meus sócios da mesa e ninguém havia percebido até que todos estavam correndo e gritando.

Caos total!

Vi todos se levantarem da mesa, peguei minha arma do coldre que estava embaixo do meu paletó, Cigano foi imediatamente para perto de mim para me tirar dali. Russos estavam parados no meio do cassino e atirando para os lados e para cima. Meus homens começaram a atirar de volta,a amiga de Alice que estava na ponta da mesa levantou e saiu correndo para os fundos do cassino.