Capítulo 13

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Alice/Antônio.

Eu não sabia como reagir, estava impressionada com o que Antônio havia feito, mas eu não sabia onde aquilo iria chegar.

A arma era linda, realmente tinha a minha essência nela, não sou do tipo fã de armas mas sei admirar uma.

Guardei ela no cofre que ficava no closet do meu quarto, fiquei olhando para o cartão e lingerie por alguns minutos e decidi ir descansar. Meu ombro ainda estava doendo um pouco, os analgésicos me ajudavam mas às vezes era uma dor latente, uma dor profunda.

Me pegava pensando em Gabriela, onde ela estaria?

A cada minuto que se passava, minutos que eu não tinha notícias dela, me batia um desespero.

Acabei adormecendo com o celular na mão, sorte minha que tinha colocado o celular para despertar. Acordei no finalzinho da tarde, fui tomar um banho para escolher o que vestir, iria secar o cabelo também.

Optei por usar um conjunto de saia e blazer, não iria usar salto, achei melhor usar um tênis, iria apostar em algo confortável mas elegante já que eu não sabia para onde iríamos. Queria algo que não me deixasse passar frio e que cobrisse minha tala.

Fui ao banheiro para fazer uma maquiagem leve, fiquei algum tempo me olhando no reflexo, tentando imaginar quem era aquela Alice..

Precisava organizar meus pensamentos, algo me dizia que esse jantar seria mais que um pedido de desculpas e não sei se estava preparada para o que iria vir.

18:59 foi o horário que ele chegou, ouvi a voz dele pela janela. Ele é do tipo que é pontual e eu do tipo que se atrasa, mas ele estava com sorte porque hoje eu fiquei pronta cedo.

Ouvi os passos dele no corredor, não demorou muito até ele bater na porta.

-Posso entrar?

-Claro, já estou pronta. - Sai do banheiro indo em direção a cama para pegar minha bolsa.

-Uau, você tá linda. - Ele me olhou de cima a baixo e por alguns breves segundos me senti pelada na sua frente.

-Obrigada! - Com certeza eu estava corada, sentia minhas maçãs do rosto queimarem.

-Vamos?

-Vamos!

Tentei convencê-lo de me contar onde iríamos, mas não consegui arrancar nada dele, estávamos em um silêncio confortável no carro. Eu estava nervosa e ele tenso, dava pra sentir o quão carregado o ar estava, mas não era como se fosse algo pesado, era como uma tensão pré primeiro encontro.

O que era loucura porque não era como se fosse  um encontro, era apenas um pedido de desculpas. Um jeito de fazer eu confiar nele, talvez eu deixe ele pensar que está conseguindo.

Como estávamos no interior, demoramos um pouco para chegar até o local, Antônio trouxe uma pequena escolta para nós, eles eram discretos e ele reforçou que precisaríamos disso e acredito, da última vez que sai com ele eu tomei um tiro. Sair completamente sozinha com ele era por a minha cabeça em risco.

Era um restaurante, na verdade era O restaurante!

Chegamos ao "Les Ombre" , um dos melhores restaurantes de Paris, tinha uma vista de tirar o fôlego. Era aconchegante, romântico, calmo e muito bem iluminado.

Era um restaurante com estrelas Michelin, ficava de frente para a torre Eiffel, eu estava deslumbrada! Desde o Brasil eu tento fazer reserva aqui mas estava lotado, não tinha um dia sequer da nossa viagem que estaria vago.

E olha onde eu estou agora, bem aqui!

-Bienvenue dans la ville lumière,ma fille.
(Bem vinda à cidade luz, minha garota)

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