Capítulo 11

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Chloe.

-Alô, Dmitri?

-Chloe? Até que enfim!

-Trabalhei até tarde ontem e sai cedo pra ir pro departamento.

-Tudo bem.. imagino que já saiba de ontem.

-Já sei sim, me botaram no caso.

-Eu sabia! Ótimo porque assim conseguimos sumir mais fácil com todos.

-Como assim sumir com todos?

-Você sabe.. vamos vender as mulheres e talvez torturar o Juan. Vamos fazer os Bretonni sofrerem um pouquinho.

-Você vai vender as mulheres? Sério isso?

-Não me leve a mal Chloe mas negócios são negócios, vou faturar com elas.

-Você só pode estar maluco! Como vai sumir com todos? Preciso de alguém, o que vou dizer pro meu chefe?

-Se vira Chloe! Não tenho nada haver com seu trabalho. - Mumurrrei um "filha da puta" baixinho, mas eu queria era socar a cara desse imbecil.

-Ah, antes que eu me esqueça.. como pagamento por ontem te darei mais uma pista do passado da sua mãe. Se eu fosse você eu olharia embaixo do papel de parede do quarto dela.

-O que? - Ele só disse isso e desligou, simples assim.

Ele vai vender a Gabriela, se eu não precisasse dele com certeza eu já teria o matado! Preciso resgatar não só ela, mas todas as pessoas que ele pegou. Por mais que eu estivesse muito curiosa para saber o que tem embaixo daquele papel de parede eu preciso fazer algumas coisas e arrumar a sala pra receber aquele fedelho.

Espero que valha a pena esse encontro!

Pego meu computador e começo a acessar as câmeras de segurança aqui da rua, procuro por qualquer sinal da pessoa que deixou aquela carta na minha porta. Que droga! Duas das câmeras estavam desligadas, somente uma pegou a pessoa mas não consigo ver o rosto. Provavelmente ele desativou essas câmeras.

Ele/ela pode até ser esperto/a mas não mais que eu! Coloco luvas e pego a carta que eu havia guardado, analiso de novo o que estava escrito nela: "pergunte a eles como tudo aconteceu"

Eles quem? Os Russos?

Com certeza ele/ela sabe que eu iria pensar neles, são as únicas pessoas próximas de mim que conheceram minha mãe, os únicos que eu poderia perguntar algo. A pessoa que mandou essa carta com certeza sabe o que aconteceu com ela ou melhor, quem matou minha mãe.

Ela morreu em um acidente, o carro estava sem freio, bateu em um poste e logo depois pegou fogo. O carro havia saído da revisão, ela o pegou e estava vindo pra casa. Investiguei milhões de vezes o caso dela e nada! Não tinha nada, não tinham pistas, o carro havia sido queimado e não tínhamos digitais, rostos ou até mesmo imagens de câmeras de segurança.

Fui afastada do FBI quando surtei com meus superiores por causa da morte dela, talvez eu realmente estava descontrolada.

Volto ao meu questionamento inicial, seria essa pessoa algum deles?

Até onde eu sei minha mãe já não devia nada a eles, os investigo desde que se aproximaram de mim no enterro da minha mãe. Preciso descobrir quem é o meu pai! Acho que tá na hora de visitar a vovó. A família da minha mãe não era muito presente, mas sei que ela ia ver minha avó no asilo algumas vezes, ela era brigada com a minha tia que era sua única irmã. Ligo para a casa de repouso da minha vó e aviso que irei visitar ela depois de amanhã.

Com a luva pego a carta com cuidado e coloco ela dentro do saco que eu havia guardado e coloco na minha bolsa para levar amanhã para o laboratório. Vou pedir para uma amiga ver o que consegue pra mim.

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