Capítulo 11

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No acampamento estava ocorrendo uma festa e tanto. As músicas antigas eram tocadas e cantadas enquanto as pessoas ficavam ao redor da fogueira dançando.
Eu estava sentada ao lado de Ivar na mesa onde ficava de frente para o local onde as pessoa dançavam. A nostalgia fazia meus olhos brilharem. Mas sabia que era temporário.
Senti a mão de Ivar segurar a minha. Olhei para ele que sorria docilmente, assim como o Ivar de antigamente.

— Então minha bela dama, será que poderíamos fazer o nosso casamento? — Perguntou em nórdico, enquanto beijava a minha mão.

Sorri, mas lembrei da bagunça que Cornualha, estava com os malditos padres e lordes.

— Bem, espero que logo. No entanto tenho que dar um jeito no escocês. — Disse em nórdico.

Ele ficou meio apreensivo, mas logo me levantei da cadeira e sentei de lado em seu colo. Coloquei minhas mãos na lateral de seu rosto e os dedos entrelaçados ao seu cabelo. Aproximei e dei um beijo em seus lábios. Eu não iria aprofundar o beijo na frente de todos mas Ivar parecia não se importar e introduziu sua língua. Uma pequena chama estava se formando entre nós, mas parei antes dela se tornar um incêndio. Separei nossos lábios.

— Na frente de todos não, Ivar. — Disse arfando sentindo as bochechas vermelhas.

Ivar apenas ficou serio e colocou uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.

— Está com vergonha, minha rainha? — Sussurrou.

— Só estou assim porque tem muita gente em volta. — Disse passando a mão por seus ombros e sentindo a marca que deixei em seu ombro.

— Eu sei, por isso gosto de te provocar. — Sorriu me puxando para um abraço.

Eu queria ficar o resto da noite lá mas logo teria que partir e voltar para Cornualha. Não queria sair do abraço de Ivar, mas logo teria que ficar fria novamente. Longe dele.

— Ivar. — Apoiei minhas mãos em seu peitoral e levantei levemente meu dorso para olhar em seus olhos. — Está ficando tarde. Eu adoraria ficar mas eu e Marry temos que voltar. Se não irão desconfiar e não quero novamente uma guerra.

Ele tentou não demonstrar mas ficou com um semblante meio triste.

— Vou fazer anéis iguais aos dos cristãos. Eles usam pra selar a relação. — Explicou ele.

Eu sorri.

— Eu irei usar com toda satisfação e felicidade. — Disse dando um beijo nele. Um beijo um pouco demorado. — Vou ver quando posso te visitar novamente.

— Isso se eu não aparecer no seu quarto igual um monstro. — Disse Ivar sorrindo.

— Se isso acontecer ficarei feliz. — Disse me levantando de seu colo.

— Te vejo breve. — Disse pata Ivar.

— Eu esperei bastante tempo para te ter, posso esperar mais eras para te ter novamente. — Declarou em nórdico.

— Eu sei. E eu te esperarei. — Disse para ele.

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Quando chegamos à Cornualha, vi que estava muito quieto. Mary estava desconfiada igual eu.
Subimos pela parte dos empregados no castelo, para que ninguém visse a gente. No cozinha as chamas dos candelabros dançavam. Quando estávamos quase indo para cima, Cornelius apareceu.

— Asena. — Disse ele. — Onde estava?

— Fui em uma praia que Mary conhece, Cornelius. Não fomos até os vikings, não se preocupe.

— Tenterei. — Disse ele se sentando em uma cadeira que reclamou do peso.

Mary segurava minha mão, ela estava com medo.

— O quê o senhor quer?

— Quero saber porquê recusa tanto seu pretendente.

— Não sinto nada por ele. Achei que podia confiar nele, como amigo. Mas não. Não quero me casar com ele, ainda mais com um homem governando minhas terras.

— Uma mulher não pode governar, Asena.

— Bem, pensasse nisso antes de me enviar para os nórdicos. Porque eu não sou um boneco que qualquer um possa controlar.

— Antes tivesse te mandado para Glastonbury.

Minha língua não se segurou.

— Morgana teria vergonha de você. — Disse rispida, passando por ele.

Mary me seguiu até meu quarto.

— Bem. Poderia ter sido pior. — Disse a loira.

— Verdade.

Antes de entrar no quarto ela segurou minha mão.

— Asena. Você ficou horas longe com o Ivar. Você e ele...

— Sim, Mary, nos transamos. — Sussurei para ela.

— Meu Deus. Se o escocês ou seu pai souberem.

— Não vão. Agora, cuidado você com o Hvitserk.

— Ele é lindo e faz tão bem.

— Esse é o encanto dos vikings. Sabem o que fazer. — Disse.

Ela sorriu e me deu boa noite. 
Entrei em meu quarto e tranquei a porta. Estava tudo no lugar. Sentei na cama e pensei em como estava vazia. Eu queria que Ivar estivesse aqui para dormimos juntos. Retirei toda a roupa e coloquei a camisola. Voltei a me deitar na cama. Olhei para a lua pela janela sorrindo calmamente.

— Boa noite, Ivar.



Nota da autora.
Olá, meu lobos.
Td bem?
Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar e favorita.
Até o próximo capítulo.

Tears of Gold. - Ivar The BonelessOnde histórias criam vida. Descubra agora