Capítulo 15

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Hvitserk e eu caminhamos até o a vila que eles estavam formando. Fiz várias perguntas para ele. Ivar comeu algo de diferente? Alguém novo no vilarejo? Viu alguma colocando alguma coisa na comida bebida ou coisa do tipo?
A única resposta que obtive foi um "nao sei" seco. O qual eu tive vontade de partir a cabeça do mais velho em algum tronco de árvore.
Chegamos no vilarejo e a vida parecia igual, ela não havia parado por Ivar estar envenenado.

— Onde ele está? — Perguntei seguindo Hvitserk com as mãos suando.

— No castelo, estávamos comemorando aos deuses que nosso acampamento está virando praticamente um reino.

Já entendi o porquê de tantos não sei. Hvitserk quando tem essas festas nunca fica normal, geralmente acaba com a cerveja e o hidromel rapidinho.
Seguimos para dentro do castelo que tinha algumas coisas mudadas nas decorações para parecer mais viking do que bretão.
Subimos a escada que ficava atrás do salão principal e fomos em direção ao quarto de Ivar que ficava no lado esquerdo. Ao adentrar percebi os curandeiros conversando entre eles mas pararam a conversa e eu só segui até a cama onde Ivar estava correto até o abdômen com as cobertas feitas de algodão. Ele estava pálido e suando frio.
Olhei para os curandeiros e para meu cunhado e pedi que trouxessem água para eu esquentar na lareira para preparar o antídoto para Ivar.
Ele correram igual loucos por eu estra com o semblante fechado, mas aquilo era preocupação.

— O quê fizeram com você? — Disse segurando sua mão direita.

Ouço os deuses sussurrando falando de Elaine e comida.

— Será? — Perguntei para mim mesma.

Os três voltaram com o caldeirão com a e o colocou na lareira do quarto. Para aquecer a água.
Eu soltei a moa de ivar e fui colocar as ervas que Morgouse havia pedido para fazer o chá.

—Enquanto estou aqui, Hvitserk, faça um favor. Vá até a cabana de Morgouse e peça ajuda a Mary. Acho que Elaine ou alguém que seja da família dela e viva aqui envenenou Ivar. — Ordenei em nórdico para ele enquanto pegava a xícara que os curandeiros deixaram na mesa que tinha perto da lareira.

— Quando você fala em nórdico, sei que está furiosa. — Olhei para ele friamente, Hvitserk tirou o sorriso do rosto. — Ok. Eu já tô indo.

Novamente os três saíram me deixando sozinha com Ivar.
Eu ficava olhando a infusão das ervas impacientemente. Mas depois que percebi que o tom da agua mudou eu mergulhei uma das xícaras na água pelando. Minha mão ficou bastante vermelha, mas depois eu iria cuidar dela.

Fui até Ivar e me sentei atrás dele para apoiar a sua cabeça em meu colo. Abri levemente sua boca boca fui depositando o antídoto para ele beber aos poucos. Quando a primeira xícara  acabou, Ivar abriu os olhos e não estava suando mais frio.

— Asena. — Me chamou.

A parte branca de seus olhos estavam meio azuladas. Ele estava fraco. Mas o importante é que ele estava vivo.

— Oi, Ivar. — Disse sentindo as lágrimas escorregam pelas minhas bochechas.

Ele sorriu fraco e passou a mão por meus cabelos.

— Consegue ficar sentado? — Perguntei.

— Não sei. Mas ficar assim acho que é melhor. — Disse ele sorrindo maliciosamente.

— Idiota. — Disse em nórdico enquanto saia para buscar mais antídoto.

Ivar foi se sentando na cama. Peguei mais. Felizmente Morgouse tinha deixado escrito em um papel no pote quantas xícaras a pessoa tinha que tomar para o antídoto retirar todo veneno.

— Mais duas xícaras e você está livre desse negócios.

— Pensar que eu estava pensando em inaugurar esse quarto de outro jeito. — Disse Ivar bufando.

— Como assim? — Perguntei me levantando e indo até ele com as duas xícaras cheias.

— Era pra ser nosso quarto. — Disse ele pegando uma das xícaras.

— Ainda pode ser. — Disse observando ele beber.

— Sei que pode, mas podia ter estrelado de outra maneira, principalmente a cama. — Disse segurando o riso.

Franzi o semblante enquanto eu ia para o outro lado da cama e sentar ao lado de Ivar. Que terminava de beber outra xícara.

.— Você não entendeu, né. — Disse ele pegando a xícara cheia de minhas mãos.

— Não. — Disse olhando para minha mão ainda um pouco vermelha.

— No dia que a gente se casar a gente faz. — Disse ele sorrindo.

Sorri olhando em seus olhos que continuavam azuis. Suspirei nervosa para ele melhorar.

— Bem. — Disse pegando a outra xícara que Ivar tinha acabado de beber.

Sai da cama e deixei as xícaras na mesa e indo até ele novamente. Eu pretendia permanecer apenas de seu lado. Mas ele tinha outros planos.
Ivar me puxou pela cintura me fazendo ficar em seu colo. Ele não tinha me dado tempo de reagir q ué ele está a beijando e mordicando meu pescoço. Eu queria senti-lo, mas preferia que ele descansa-se.

— Ivar. — Disse afastando seu rosto de meu pescoço.

— Fale minha lua. — Disse em nórdico.

— Quero que você descanse, meu amor. Você ainda está fraco. Seus olhos ainda estão azuis. — Disse preocupada.

— Asena, mas.

Interrompi ele com um beijo lento que se estivéssemos bem, iria render para outro patamar. Mas separei nossos lábios.

— Melhore. Descanse e eu volto mais tarde, Ivar. Nem adianta.

Sai de cima dele e segui para o salão, onde Hvitserk está.

— Achamos.

Tears of Gold. - Ivar The BonelessOnde histórias criam vida. Descubra agora