Capítulo 9

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                         IVAR POV.

Depois de jogarmos as flechas. Vi que não adiantaria lutar com aquele cinturão de fogo. Batemos em retirada e voltamos para o acampamento. Todos os outros estavam de certa forma comemorando por não termos baixas e de acertarmos alguns soldados da muralha.
Mas eu estava furioso não consegui derrotar Asena. Quando um dos soldados tentou entrar e peguei meu machado e joguei nele, mas o imbecil foi maus rápido e não morreu. Apenas saiu correndo igual um verme.
Meu irmão entrou na tenda, ele estava pálido e meio perdido.
Franzi a testa.

— Veio testar minha pontaria irmã, porque uma já me escapou. Quer ser o próximo? — Ri cínico.

— Asena, foi ferida.

Eu parei de ri, minha expressão ficou séria e preocupada. Meu coração parecia que ia explodir de tão forte que batia.

— Está mentindo. — Disse dando as costas para Hvitserk.

— Então está bem. Se não acredita em mim, pelo menos ouça a dama de companhia dela.

— Aquele pedaço de galinha está aí? Mas não faz nem uma hora que deixamos Cornualha.

— Mary, entra. — Ordenou Hvitserk.

A dama estava sem o pano branco da cabeça mostrando seus cabelos loiros bagunçados, seu vestido estava sujo de sangue e ela trazia em mãos uma outro tecido. Um vestido que reconheceria de longe.

— Por que está com o vestido de Asena? — Perguntei.

Ela olhou para Hvitserk que apenas concordou com a cabeça. Ela estendeu o vestido e pude notar a mancha de sangue que partia do ombro esquerdo dele até metade o tecido.

— Ela foi ferida por uma flecha. Tanto eu, Mordreg e até o velho Gorlys quer a ajuda de você para ajudar a cuidar do ferimento, mas Cornelius que ouvir apenas aos Lordes e aos padres. Fizeram o maior erro que foi retirar a fle há e deixar sangrar. Acham que vão curá-la.

— Não! Eles vão mata-la. — Caminhei quase caindo Mary. — Como podemos ajudar?

— Estão esperando uns monges de Glastonbury para realizar mais uma sangria nela. Mas Mordreg enviou alguns homens de confiança até o caminho para impedir.

— Temos dois curandeiros. Quantos monges eram? — Perguntou Hvitserk.

— Eram quatro. Quatro monges.

— Dois curandeiros mais eu e você. Está preparado irmão pra virar monge? — Perguntei.

— Esperem amanhecer. Eu ficarei no quarto tentando estancar o sangue de Asena. Quando amanhecer, Mordreg estará na muralha.

— Entedido, Mary. Obrigada por estar ajudando a Asena. Ela é importante para nós. — Respondeu Hvitserk.

A loira sorriu e olhou para mim com lágrimas em seus olhos.
— Asena chama por você. Ivar. Ela é tão cabeça dura para admitir, mas ela gosta de você. Ela quase morreu quando disseram que haviam atacado vocês. Não a conheço a muito tempo, mas acho que seria você quem ela deixaria ver os cabelos soltos. — Disse Mary e partiu para fora do acampamento.
Ela deixou apenas o vestido sobre a mesa. Mesmo com sangue podia sentir o perfume que Asena usava. Eu desabei aos prantos.

— E se ela morrer? Por Odin, eu terei tido culpa na morte dela.

— Calma, Ivar. — Hvitserk tentou me acalmar mas eu apenas gritei com ele.

— Você não entende? Asena, é a única que de certa gorda me faz sentir humano. Não esse monstro que sou. — Respirei fundo. — Vamos fazer o que a Mary disse, prepare tudo.

Tears of Gold. - Ivar The BonelessOnde histórias criam vida. Descubra agora