Todas estrelas cadentes tendem a quebrar
Não te contei, mas no dia que a gente se conheceu, vi uma estrela cadente. Na verdade, essa é provavelmente uma das únicas coisas que não te contei nesse tão pouco e intenso tempo de "nós". Nem te conhecia direito, mas já te tinha em um pedido, talvez ali, escrevera minha sentença, e já estivesse predestinado ao te querer de imediato. Pra ser sincero, só eu sei quantas vezes seu nome passou pela minha boca ao ver um número repetido e cada vez ao me deitar onde punha e contava detalhadamente todos meus medos, desejos e esperanças ao meu colar em rezas vazias. Ainda não entendo como é que não consigo tirar do meu coração, alguém que por escolha própria decidiu que era melhor não continuar morando em mim. Não vou mentir, continuo rezando por ti, e mesmo entre orações me afogo em ironia, pedindo pra que a gente se aproxime cada vez mais, e que ao mesmo tempo eu perca os sentimentos por você, ou melhor, me perca neles. Então, deixo aqui meu último pedido, dessa vez pra ti. Não vou pedir para você ficar, me mandar uma mensagem ou um sinal de fumaça. Muito menos que demonstre, ou faça todas aquelas coisas que meses atrás você tratava como o mínimo e significavam tudo pra mim. Nem mesmo vou pedir para que me ame, pois sei que não vai. Por isso, te peço que tenha a decência para voltar e partir meu coração direito. Se for pra me machucar, machuca, termina o que começou, pra eu ter certeza absoluta do que escrever, do que sentir, você mais que ninguém sabe o quanto eu gosto de sentir as coisas. Só não me deixa criar mais uma expectativa de que algum dia você vai voltar, nem que seja pra terminar o trabalho de quebrar meu coração. Me faz pelo menos acreditar por um momento, uma fração de segundos, de que alguma coisa foi real pra você. Se não posso te amar, me dá o direito de sentir alguma coisa, de sentir sua partida, já que eu sei que você não vai. Mais cedo ou mais tarde todas estrelas cadentes tendem a quebrar.