Uma manhã assombrosa.

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Já distante de Vitali, eu me aproximo de Oliver que estava nesse momento cuidando do leme.

— Como você sabia aonde nós estávamos? — pergunto.

— Ela me contou que tinham se metido em problema e me mostrou aonde era a praça de execução — ele responde apontando  para Eliza.

Eu não havia reparado na sua presença e nem a da garota ao seu lado que provavelmente era sua irmã. Eu me aproximo das duas que pareciam sussurrar entre si.

— pensei que você não gostasse de piratas? — Falo me aproximando dela com um sorriso debochado.

— eu não gosto — ela diz — mais posso abrir uma enxesão — Ela me olha sorrindo o que me deixa um pouco desconfortável, não sei o porquê.

— essa deve ser sua irmã, ela sim pode ser considerada uma bela dama — falo segurando sua mão e lhe beijando na mão.

— Meu nome é Lily, você é bem educado para um pirata — ela diz com um sorriso inocente.

— sou assim apenas com as mulheres —

Odeio admitir isto mais eu tenho uma fraqueza por mulheres pura, o que é difícil encontrar hoje em dia.

— eu imagino que você pensou um pouco sobre aquilo que falamos da última vez não é? — pergunto para Eliza com um olhar sério.

Ela suspira — sim... acho que é mais seguro viver no mar do que em terra, principalmente se for naquela terra — ela se levanta e logo em seguida se curva para mim — aceite nós duas em sua tripulação... Capitão Noah... —

— não precisa se curvar, infelizmente você salvou minha vida e a dos meus tripulantes então eu permito que você faça parte da minha tripulação, mesmo que isso traga má sorte — eu digo e logo volto para o leme do navio para dizer a direção que devemos ir para Oliver.

Alguns pode não saber mais quando se fica muito tempo navegando em alto mar, algumas "coisas estranhas" podem acontecer, como nessa manhã enevoada ainda com todos dormindo, as velas levantas, eu fico em minha cabine ainda decifrando o mapa do barba negra mas paro de repente ao ouvir um barulho vindo de fora da cabine, ou melhor dizendo, do navio, as águas batendo no casco do barco e as tábuas de madeira rangendo, e estranhamente tudo fica em silêncio até que ouço passos do lado de fora, o som se aproximando como se estivesse vindo em direção a minha cabine lentamente, você pode ser o mais bravo pirata dos mares mais quando se vive e vê tanta coisas quanto eu, você descobre que o ditado "melhor prevenir do que remediar" pode salvar sua vida, eu pego minha espada e vou até a porta preparado para matar quem quer que fosse (ou o que fosse), eu fico de frente com a porta e percebo que os passos se silenciaram, eu sinto um arrepio em minha espinha, a porta começa a se abrir sozinha com um ruído estranho e atrás da porta... não havia ninguém, eu vou para a poupa do navio e olho os arredores e vejo algo que me fez peder meu tom de pele, em meio a névoa, uma sombra, em formato de navio, se mexendo de forma estranha, sem fazer barulho e nem mesmo balançar a água, o estranho era que não havia vento nem para balançar meus cabelos quem diz um navio inteiro. Eu corri para dentro do navio e acordei todos e os levei até a poupa para mostrar a eles o que eu estava vendo.

— Qual é o problema capitão — pergunta James ainda sonolento.

— olhem lá! me digam que eu não sou o único que estou vendo aquilo! — falo apontando para o navio.

Após poucos segundos em silêncio todos percebem do que se tratava, Flying Dutchman, Um dos poucos navios fantasmas que existem, a lenda diz que quando ainda navegava entre os vivos, algo aconteceu com seu capitão, algo tão ruim que o fez amaldiçoar Deus, o que acabou levando seu navio a naufragar e desde então ele permanece nos mares esperando o dia que será perdoado e levado do mundo mortal, porém, ele permanece sendo um pirata mesmo após a morte e vai por mim, em uma luta, é difícil matar algo que já morreu. Ao perceberem de qual navio era aquele, todos acordam tão rápido que parecem como se tivessem tomado um banho de água fria e logo preparam tudo para zarpar, mais como eu disse antes, não tem vento nenhum aqui e o Príncipe dos Mares não tem remo. Todos correm desesperados pelo navio (até mesmo eu e Oliver, nós dois já lidamos com mortos uma vez e aquela vez já basta), todos se escondem separados e pelo que eu ouvi deles correndo, eu acho que dois foram se esconder no depósito, três foram para a sala de rum, Oliver e Lily eu vi indo para o camarote e eu e Eliza nos escondemos na minha cabine.
O silêncio se manteve deixando o clima tenso, Eliza se agarrava em meu braço e tremia com medo, o que é normal na primeira vez que você fica perto de fantasmas mais depois de uma ou duas vezes você... tá você não se acostuma mais perde um pouco do medo. todos ficam escondidos por horas eu acho, até que a luz do sol começa a entrar pela janela, Eliza havia adormecido no meu braço então como o cavalheiro que sou eu a coloco na minha cama e me deito a seu lado (eu estou com sono e ainda estou assustado não me julgue, ela não tá reclamando mesmo). O dia começa e eu me acabo no sono podendo dormir tranquilamente, ou era o que eu achava, no mesmo instante que eu fecho meus olhos uma bola de canhão atinge o navio e ao correr para fora e procurar o inimigo eu vejo um navio da marinha e com minha luneta eu enxergo no leme do navio inimigo o desgraçado caolho, sério... para que tanto rancor.





O Pior Pirata Dos 7 Mares.Onde histórias criam vida. Descubra agora