informações úteis.

3 3 0
                                    

— Brete? — Oliver questionou com a testa franzida. — Mas é um porto de marinheiros. Eles vão nos prender no momento em que nos virem.

Eu ri e dei um tapinha nas costas de Oliver.

— Não exatamente, podemos parar o navio em um lugar afastado da cidade — respondi, olhando para o horizonte. — Além disso, tem alguém lá que eu tenho que trocar algumas palavras —

Com isso, voltamos ao nosso curso, deixando para trás as águas turbilhonantes da batalha. Ainda havia muito a ser feito antes de pudermos descansar. O navio estava danificado e precisava de reparos, e eu sabia que a tripulação estava exausta e precisava de descanso.

Eliza e Lily, que se recuperaram do choque da sua primeira batalha. Jack e Thomas, apesar de estarem exaustos, começaram a arrumar o convés, recolhendo as espadas e punhais espalhados por toda parte. Oliver, por sua vez, retomou seu lugar no leme, guiando-nos através das ondas em direção ao sul.

Nas horas que se seguiram, o vento soprou a nosso favor, levando-nos rapidamente para longe da frota do Almirante Gildor. Eu não tinha certeza se ele ainda estava atrás de nós, mas conhecendo aquele cara ele provavelmente estava, sério, quanto rancor desnecessário.

Quando o sol começou a se pôr, transformando o céu em uma mistura de laranja e roxo, finalmente chegamos à vista de Brete. O porto estava iluminado por centenas de luzes, criando um belo contraste com a escuridão do mar. Por mais que fosse um lugar perigoso para nós, não pude deixar de sentir uma onda de alívio ao vê-lo.

— Preparem-se para atracar! — gritei, e a tripulação começou a agir.

Depois de algumas manobras cuidadosas, conseguimos ancorar o navio em um lugar afastado da cidade sem atrair muita atenção. Enviei Jack e Thomas para venderem as armas que tinhamos conseguido na batalha, claro que eles foram disfarçados de marinheiros, seria estupidez mandar eles para lá com as roupas que estavam, eu também não fiquei no navio, fui para a cidade (também disfarçado) e depois de com as informações que precisava de alguns marujos eu fui atrás daquela pessoa que eu falei antes e sobre o restante do pessoal, eles permaneciam no navio, cuidando dos reparos necessários.

Finalmente chego aonde eu queria, um bordel e não eu não vim para me divertir...dessa vez. Eu procurava pelo dono do bordel, já que eles eram um dos poucos daquela cidade que não era marinheiro, e se você tiver se perguntando o porquê de eu estar procurando por um cara assim, é simples, os marinheiros tem uma estranha mania de contar coisa que não deveriam para as mulheres que estão "acompanhando" eles, e algumas vezes essas informações vazadas são de grande ajuda para piratas. Eu chego a uma sala no fim de um corredor e bato na porta e em uma janelinha na parte de baixo se abre um um par de olhos me analisa, a janela se fecha e eu ouço algumas trancas serem destravadas e a porta se abre e eu caminho para dentro da sala, logo eu percebo que nada havia mudado desde a última vez que estive alí, a não ser o anão que tinha aberto a porta para mim, ele não estava ali da última vez, não que eu tenha o visto pelo menos (o que era bem fazer de acontecer levando em conta certas coisas).

A minha frente estava em um sofá o homem que eu estava procurando.

— Steve! A quanto tempo! Aonde está o Roger? — pergunto apontando para a porta.

— Ele morreu já tem alguns dias — ele responde tirando o cachimbo da boca.

— Sério? Que pena... ele era um ótimo recepcionista — digo coçando o queixo.

— O que você veio fazer aqui desta vez? —

— O que você acha? — respondo puxando uma cadeira para mim sentar.

— mulheres? —

Eu fico levemente pensativo — não, não desta vez, eu vim por informações hoje —

— Qual tipo de informação? — ele pergunta se inclinando para frente interessado.

— Nada demais, apenas todas as rotas de patrulhas da marinha no leste daqui —

— Essa informação é bem cara e você sabe que eu só aceito com o dinheiro adiantado —

— Que sorte que eu trouxe isso então — Falo jogando um saco cheio de moedas de ouro em cima da mesa.

Ele abre um sorriso de orelha a orelha e se levanta apertando minha mão.

— Foi um prazer fazer negócios com você mais uma vez Noah — ele solta a minha mão e pega algumas folhas de papel e começa a anotar algo nelas. Em poucos minutos, tudo o que eu queria estava nas minhas mãos (se você quer saber de alguma coisa, como, por exemplo, saber se a sua mulher está te traindo, onde está uma certa pessoa ou até mesmo a senha de algum cofre, é só procurar esse cara), aliás, aquele ouro que eu entreguei para ele era o dinheiro que aqueles piratas haviam pego após roubar o meu navio no começo da história, eu apenas peguei um pouco emprestado como uma compensação.
Volto ao P.d.M e vejo que Thomas e James haviam retornado com o dinheiro ganho vendendo as armas. O navio também estava consertado e limpo, subindo no convés eu percebo Oliver, Eliza, Jacob e Jack jogando baralho e pela cara dos três eu acho que Eliza estava ganhando.   Me aproximo de Oliver e entrego os papeis para ele.

— O que é isto? — ele pergunta lendo cada um deles rapidamente.

— É a rota de 20 navios da marinha ao leste daqui, use isso para não termos encontros indesejados até a ilha do barba negra —

— Como conseguiu isto? — ele pergunta levemente impressionado.

— Eu tenho os meus métodos — Digo com um sorriso irônico.

Vou indo até a minha cabine — Vão dormir! Zarpamos amanhã no amanhecer — falo entrando no meu quarto e caindo de bruços na minha cama.

No próximo dia eu acordo sentindo o barco balançando, ao sair da cabine eu vejo que já estavamos em movimento e ao olhar para o leme percebo que Oliver estava ensinando Lily á navegar o que não era um problema já que Oliver deixaria o navio após encontrarmos o tesouro do barba negra, então é bom que ele estava treinando uma navegadora para mim. Vou para dentro do navio e de um dos barris que tinha lá, eu pego uma laranja para comer e caminho pelo barco, vejo Harry limpar as suas botas e arrumar a sua parte do quarto (ele dividia ele com os outros quatro), após passar algum tempo com ele eu descobri que ele tem uma mania de manter tudo limpo (o que não combina muito com piratas mais não sou eu que vou dizer isso para ele e também não é tão ruim ter um navio limpo), caminhando um pouco mais eu encontro Jack, James e Jacob jogando cartas novamente e eu aproveito e vou jogar uma partida com eles e em pouco tempo eu ganho (sempre tive uma sorte ótima com jogos no geral), deixando eles sozinhos eu volto a caminhar e me encontro com Thomas e Eliza limpando os canhões. Voltando para o lado de fora do navio eu olho para o horizonte e vejo não muito longe dali os destroços de um navio que parecia o navio de piratas, eu pego um bote e junto com Oliver vou para perto dos destroços a procura de alguma coisa valiosa que possa ter sobrado naquele barco.
Chegando lá não vemos ninguém vivo, nem mesmo corpos, olhando um pouco mais percebemos uma gosma estranha em algumas partes do navio e depois de finalmente perceber o que podia ter causado aquilo eu sinto um calafrio na espinha.

— Qual é o problema? — pergunta Oliver.

— Pega o mapa e me diga onde estamos! — falo com a voz trémula olhando para os arredores.

— como assim aonde? a gente está... — Oliver pega um pequeno mapa que ele sempre mantinha consigo e depois de perceber aonde estavamos a sua reação se torna a mesma que a minha — Por Poseidon... —

— Temos que voltar para o navio! — digo pegando dois remos, Oliver me acompanha pegando outros dois.

De volta no navio eu grito para todos assumirem as suas posições, Oliver agarra o leme e começa a manobrar o navio para a direção oposta que estavamos indo.

— O que está acontecendo?! — pergunta Eliza para mim.

Olhando para a direção que os destroços estavam eu vejo uma grande sombra vir em nossa direção cada vez mais rápido.

— Aquilo está acontecendo! — digo apontando para a sombra.

De repente um tentáculo gigantesco e cheio de uma gosma nojenta saí da água e se move em nosso encontro para nos despedaçar como fez com os outros piratas.

O Pior Pirata Dos 7 Mares.Onde histórias criam vida. Descubra agora