11. Is it to late?

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NOTAS INICIAIS:
Não se assustem com o tamanho do capítulo, ele é bem menor que o normal, mas amanhã tem mais<3
Boa leitura!
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É muito tarde?

Chuuya está no dentro do carro, Dazai ao seu lado, parece que o mundo não existe. Ele é uma consciência, uma existência, só há ele e mais ninguém, seus olhos ardem, sua boca está seca e o que caralhos está acontecendo por favor, alguém me diga, alguém me diga o que eu estou fazendo e o que eu deveria fazer me guiem me ajudem.

O carro parou na porta do hospital.

Eles desceram, Dazai parou, "Não precisa fazer isso, podemos só ir embora."

Chuuya pegou em sua mão, e os guiou para dentro, mas não disse nada.

Ele teve que dar suas informações para uma recepcionista muito feliz em ver seus idolos em um dia normal de trabalho, foi complicado. Chuuya sentou na sala de espera segurando forte a mão de Dazai.

Um homem de meia idade parou na frente deles, Chuuya primeiramente só encarou os sapatos lustrosos dele, e depois subiu até seu rosto, se sentindo mais pequeno do que nunca.

"Chuuya, quanto tempo."

"Oi, pai."

Dazai o olhou de canto.

"O que houve com ela?" Chuuya se referia a sua mãe.

"Câncer, terminal."

"A quanto tempo ela tá aqui dentro?"

"Quase um ano."

"E você só me fala agora?!" Chuuya explodiu, apertando forte a mão de Dazai.

"Ela só me pediu agora."

Porque ela já devia estar morrendo, ah, queria ver seu filho nos últimos momentos, que poético.

"Ela vai morrer hoje?"

"Não...Ainda tem alguns meses."

"Minha mãe tá definhando em uma cama de hospital, e eu só fiquei sabendo agora." Ele riu fraco, como se não pudesse acreditar.

"Ninguém te quer aqui." Senhor Nakahara respondeu.

Chuuya estava chorando, caindo, Dazai o abraçou, movendo sua cabeça para seu ombro, como se quisesse esconder Chuuya do homem.

"Vá embora." Osamu disse, simplesmente, friamente.

Passos, seu pai saiu, mas a destruição que ele deixou não.

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"Koyo?" Uma voz feminina declarou, fraca, se você estivesse muito longe nem escutaria. Aquele tipo de voz que qualquer palavra soava como um pedido de socorro.

Havia um brilho nos olhos da mulher ao dizer aquele nome, como se fosse doce.

"Não, mãe, é o Chuuya."

"Ah."
"Certo."
"Chuuya."
Ela desviou o olhar.

"Por que veio aqui?"

"Pai disse que você pediu."

"Isso não responde minha pergunta."

"...Porque você é minha mãe." Ele estava tentando não chorar de novo.

A mulher tossiu. "Dizem que os pais nunca perdem a esperança, acho que é o contrário." Ela ridicularizou.

"C-Como?"

"Nem eu te considero meu filho, mas você ainda me chama de mãe."

Sua mãe parecia fraca como vidro quebrado, mas sua língua estava tão afiada quanto um caco, ela perdeu seus longos cachos ruivos, os lábios carnudos e rosados. Mas os olhos azuis, frios, ainda estavam ali. Ela os virou para ele.

Leaving Tonight - SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora