A Delicada Arte da Revelação

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Escrevi esse capítulo rapidamente, pois já estou desenvolvendo o outro.

Espero que gostem.

Boa leitura <3

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Mon-El mais uma vez tomou a palavra, sua voz ressoando com autoridade e urgência.

— É nosso dever moral anunciar essa descoberta aos moradores, Senhora!

Lena sentia a gravidade da situação se aprofundar cada vez mais, mas tentava manter a compostura.

— Eu entendo o peso dessa responsabilidade, — ela começou, fazendo uma pausa para assegurar que tinha a atenção de todos — no entanto, acho que devemos agir com prudência. Não podemos simplesmente soltar essa informação sem chegar a um consenso.

Murmúrios encheram a sala novamente, e Lena ergueu a mão para pedir silêncio.

— Se vamos informar nossos cidadãos, — continuou ela, — precisamos ser extremamente cautelosos na abordagem. As condições externas, embora estejam se mostrando propícias para nossa sobrevivência, estamos diante de um ambiente congelante e hostil. E mais importante, ainda temos que coletar mais dados para entender totalmente os possíveis riscos.

Os governantes pareciam ponderar suas palavras, cada um absorto em seus próprios pensamentos.

Lena decidiu concluir:

— 'Esperança' é uma palavra poderosa, mas também uma faca de dois gumes. Se mal administrada, pode criar pânico ou um otimismo irracional que poderia ser muito destrutivo.

A sala ficou em silêncio, todos conscientes da delicadeza do momento.

John Jones, governante da Ala 5, ergueu-se lentamente, fixando os olhos em Lena.

— Madame, se estamos falando de um assunto de tamanho sigilo, posso perguntar por que a serva de Vossa Majestade está presente aqui?

Todos os olhos se voltaram para Kara no canto da sala, que engoliu em seco, claramente desconfortável com a súbita atenção.

Lena sentiu um ímpeto de pânico subir pela sua espinha, mas não deixou que isso transparecesse em sua face.

— A senhorita Zor-El não é minha serva, — ela começou, olhando firmemente para o senhor Jones. — Ela foi uma das integrantes da missão ao mundo exterior e eu a nomeei soldada das forças armadas da Toca.

Kara arregalou os olhos, surpresa com aquela informação. Ela não sabia nada sobre serviço militar.

Antes que alguém pudesse reagir, Mon-El se levantou, seu rosto contorcido em uma expressão de desdém.

— Zor-El? Ah, claro, uma das 'pessoas estranhas' da Toca. Que típico!

O punho de Lena se apertou com força sob a mesa, suas unhas quase perfurando a palma da sua mão.

Respirando fundo, reuniu sua compostura antes de responder.

— Mon-El, sugiro que deixe seu preconceito ridículo de lado e agradeça Kara por ter sido corajosa o suficiente para trazer uma informação tão vital para a sobrevivência de todos nós, — ela disse, sua voz afiada como uma lâmina.

Os olhares se moveram entre os dois, a tensão na sala era imensa.

— E quem exatamente comandará essa missão tão importante? — Mon-El a encarou com um ar indiferente.

Esperança e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora