Esperança e Liberdade

Entre o Sol e a escuridão

A Celebração Solar era um dos eventos mais aguardados em Thanagar, marcando o ápice da renovação das energias que sustentavam o reino.

Todos os thanagarianos pulavam em festa. As ruas estavam enfeitadas com bandeirolas vermelhas que balançavam ao vento.

O palácio, no entanto, era o centro de toda a atenção. Dentro dele, a movimentação era intensa. Os servos corriam de um lado para o outro, carregando bandejas com frutas exóticas, bebidas e ornamentos.

Em meio a essa movimentação, Lena e Samantha caminhavam pelos corredores, conversando animadamente.

— Estou tão feliz por vocês! — disse Samantha, empolgada.

Lena sorriu, seu olhar suavizando enquanto caminhava.

— Quem diria, não é? Há um tempo atrás achei que tinha perdido ela para sempre.

— Além de não ter perdido, vocês ainda vão me dar um sobrinho de presente.

Lena riu também, mas olhou ao redor com cautela, certificando-se de que ninguém estivesse prestando atenção demais.

— Ninguém ainda sabe. Então vamos manter esse segredo até o casamento.

Samantha assentiu, seu olhar cheio de compreensão e apoio.

— Seu segredo está seguro comigo. Aliás, como será essa celebração hoje? Terá algum discurso?

Lena olhou ao redor, observando a movimentação frenética dos servos e a decoração deslumbrante que começava a tomar forma.

— Sinceramente? Eu não sei bem. Minha cabeça só está no meu casamento.

Enquanto isso, do outro lado do palácio, Kara, vestida com seus trajes reais, e Alex, com sua roupa de general, caminhavam até o posto militar.

— Você acredita que sua mãe me perguntou como foi que você engravidou Lena? — comentou Alex, incrédula.

Kara começou a rir.

— Mas que pergunta é essa? O que você respondeu?

— Falei que não tinha ideia. Sinceramente... eu não sei o que ela queria ouvir.

Kara balançou a cabeça, ainda rindo.

— Bom... você tinha que falar que foi um grande erro dela ter me separado de Lena.

Alex franziu a testa, curiosa.

— Como assim?

— Porque quando a gente se reencontrou, gozei com tanta vontade, que agora, além de ter que aguentar Lena, ela ainda terá de brinde um neto.

Alex gargalhou, dando uma cotovelada amigável em Kara.

— Me poupe desses detalhes. Mas então vocês estavam planejando um filho?

Kara deu uma risadinha.

— Não, apenas aconteceu. Nossa! Ainda não acredito que vou ter um filho. É surreal!

Alex fez uma expressão teatral de surpresa.

— Pois acredite. É o que acontece quando se faz certas coisas sem proteção.

Kara riu com algumas recordações.

— Na primeira noite que reencontrei Lena e fomos para a cabana. Foi exatamente ali que fizemos nosso filho. Eu não sei como, mas sei que foi.

Conforme se aproximavam do posto militar, Kara de repente endireitou a postura e mudou completamente sua expressão para uma mais séria.

— Soldados, quero parabenizá-los pelo excelente trabalho contra o povo da antiga Toca.